Hamas reforça presença militar na fronteira para diminuir tensão com Israel

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2014 11h46

Gaza, 21 jan (EFE).- O movimento islamita Hamas reforçou sua presença militar nas principais vias de acesso à fronteira com Israel com o objetivo de diminuir a tensão das últimas três semanas em função do lançamento de foguetes e das represálias aéreas israelenses.

Em comunicado divulgado para a imprensa, Islam Shahuan, porta-voz do Ministério do Interior do Hamas, explicou que o objetivo é “prevenir a ação individual no terreno”, uma forma indireta de se referir aos grupos radicais islamitas que estariam disparando mísseis contra Israel.

“O que pretendemos é proteger o consenso alcançado de forma unânime com as diferentes facções para manter um cessar-fogo”, acrescentou Shahuan, sem especificar que medidas o Hamas aplicará para manter a calma.

A tensão permanente na fronteira que separa Gaza e Israel se intensificou nas últimas semanas por causa do lançamento de cerca de vinte foguetes “Grad”. Os projéteis partiram de Gaza e não deixaram vítimas. A aviação israelense reagiu e realizou ataques que terminaram com vários feridos.

Os últimos mísseis caíram nesta madrugada perto das localidades sulinas de Eskhol e Eilat. Uma facção salafista que opera em Gaza e na península do Sinai assumiu a autoria do ataque contra Eilat.

Nesta manhã, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) se atribuiu a colocação de uma bomba que explodiu a 200 metros da cerca que separa a fronteira e que tinha como objetivo um tanque israelense que cruzou o limite.

Dias atrás, vários analistas israelenses atribuíram o aumento dos ataques a uma suposta fraqueza do Hamas, que estaria perdendo poder em Gaza devido à situação regional e ao avanço do processo de paz impulsionado pelo secretário de estado americano, John Kerry.

O movimento islamita assumiu o controle de Gaza em 2007 após um conflito armado com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que manteve o poder na Cisjordânia.

Em 2012, as diferentes facções palestinas acertaram um cessar-fogo, mediado pelo Egito, ao término de uma operação militar de oito dias contra Gaza. EFE

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