“Hércules” deixa pelo menos 9 mortos ao congelar um terço dos Estados Unidos

Jorge A. Bañales.

Washington, 3 jan (EFE).- A tempestade “Hércules” avançou nesta sexta-feira com suas nevascas rumo ao norte dos Estados Unidos deixando para trás, pelo menos, nove pessoas mortas e temperaturas muito baixas paralisando as atividades região nordeste do país.

As companhias aéreas cancelaram hoje mais de 2.300 voos, e outros milhares ficaram atrasados pela tempestade, que causou o acúmulo de 60 centímetros de neve nos subúrbios do Norte de Boston (Massachusetts) e forçou o fechamento das principais estradas de Nova York e da Pensilvânia.

As nevascas cessaram nesta manhã na maior parte de Massachusetts, após quase 36 horas de precipitações desde que a tempestade, originada no Atlântico, iniciou sua marcha em uma região que tem cerca de 100 milhões moradores.

“Esta foi verdadeiramente uma tempestade ártica”, afirmou o canal “WBZ” de televisão local em Boston. “As temperaturas estiveram abaixo de zero na maior parte do dia”, acrescentou.

A combinação de tempestades se estende desde o sul das montanhas Apalaches até Nova Inglaterra no nordeste, e Michigan no norte.

Em Nova York, o Aeroporto Internacional John F. Kennedy suspendeu as operações na noite passada, mas retomou trabalhos na manhã desta sexta-feira.

Na capital Albany havia nesta manhã, pelo menos, 214 pessoas desamparadas que recebiam abrigo na Missão de Resgate da cidade.

Os meteorologistas previram temperaturas de pelo menos 29º C em Dakota do Norte e Minnesota com ventos que levarão o efeito térmico a níveis perigosos.

O Serviço Meteorológico Nacional informou que, com o vento, a sensação térmica chegará aos 45 graus abaixo de zero amanhã nesses territórios.

Os governadores de Nova York, Andrew Cuomo, e de Nova Jersey, Chris Christie, declararam desde ontem estados de emergência, e pediram que aos moradores permanecessem em casa. Já o governador de Massachusetts, Deval Patrick, informou que a polícia e a Guarda Nacional estavam em alerta para ajudar em remoções, se fossem necessárias. EFE