Hezbollah afirma que continuará a lutar na Síria para proteger sua fronteira
O secretário-geral do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarou neste domingo que suas milícias continuarão a lutar ao lado do regime sírio na cidade de Al Qalamoun até que haja segurança na fronteira sírio-libanesa.
Em discurso televisionado pelo canal “Al-Manar”, Nasrallah insistiu que a luta de seu grupo na Síria é a de todo o Líbano.
“É falso dizer que a guerra contra os grupos takfiries (radicais sunitas) na fronteira libanesa é a do Hezbollah. É de todo o Estado libanês”, disse Nasrallah por ocasião do 15º aniversário da libertação do sul do Líbano da ocupação israelense, que durou 22 anos.
Segundo o líder xiita, suas milícias combatem “com o povo e o exército sírio para defender a Síria, o Líbano, o Iraque e o Iêmen”.
Em Al Qalamoun, as forças armadas sírias e o Hezbollah enfrentam a Frente al Nusra – filial síria do grupo terrorista Al Qaeda – e rebeldes sírios de outras facções de tendência islamita.
“Continuaremos o tempo que for necessário. Estamos presentes em várias frentes na região e continuaremos a batalha até a vitória”, acrescentou Nasrallah.
O líder máximo do Hezbollah acusou também vários líderes políticos libaneses de falta de ação e alertou que as primeiras vítimas dos grupos extremistas serão os “dirigentes e deputados da Corrente do Futuro”, dirigida pelo político e empresário sunita Saad Hariri.
Ele também criticou líderes cristãos, e questionou: “quem os protegerá da morte e da destruição de suas igrejas se os jihadistas conseguirem entrar no país?”.
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