Hezbollah diz a Israel que não procura uma escalada da violência

  • Por Agencia EFE
  • 29/01/2015 13h49

Jerusalém, 29 jan (EFE).- Israel recebeu uma mensagem do movimento xiita libanês Hezbollah afirmando que o grupo não está interessado em uma escalada da violência após a série de ataques de ontem na região da fronteira, no qual morreram dois soldados israelenses e um militar espanhol da Força Interina da ONU para o Líbano (Finul).

A mensagem, enviada por meio da Finul, foi recebida pelo governo de Benjamin Netanyahu horas depois do incidente armado, confirmou hoje à Agência Efe uma fonte militar.

A onde de ataques começou ontem quando membros do braço armado do Hezbollah atacaram um comboio israelense com cinco foguetes antitanque e, pouco depois, um número indeterminado de bombas foi lançado contra uma zona fronteiriça mais ao leste.

Ao assumir a autoria do ataque, a milícia libanesa disse que se tratava de uma ação pontual em resposta à morte de seis de seus membros no dia 18 de janeiro em um ataque aéreo na parte síria das Colinas de Golã que foi atribuído a Israel.

A mensagem chegou ao governo israelense após o país bombardear posições do Hezbollah no sul do Líbano, ataques que mataram um soldado espanhol da Finul.

O comunicado afirma que a organização vê o assunto como “liquidado” e que “não buscava uma maior escalada” da violência, afirmou a fonte militar.

Ontem, os principais meios de comunicação israelenses informaram que a Finul intermediava entre ambas as partes para relaxar a tensão dos últimos dez dias e pôr fim à escalada de violência.

O jornal “Yedioth Ahronoth” informou em sua edição de hoje que a resposta israelense à mensagem da milícia xiita foi de que “a calma será respondida com calma”.

No entanto, o exército israelense segue em estado de alerta no norte do país por temor de novos ataques da milícia libanesa, embora desde ontem não tenha ocorrido nenhum incidente armado.

Israel e o Hezbollah se enfrentaram em 2006 em uma guerra que matou 1.100 libaneses e 150 israelenses, e que deixou os dois países paralisados durante 34 dias. EFE

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