Hillary Clinton lembra no Dia das Mães a mulher que a trouxe ao mundo

  • Por Agencia EFE
  • 11/05/2014 17h53

Washington, 11 mai (EFE).- A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, lembrou em um trecho de sua biografia divulgado neste domingo por causa do Dia da Mãe Dorothy Howell Rodham, a mulher que a trouxe ao mundo e a pessoa que mais influência teve em sua vida.

“Ninguém teve mais influência em minha vida ou fez mais para dar forma à pessoa que me tornei”, afirmou a ex-primeira-dama no trecho de sua biografia “Hard Choices” (Decisões Difíceis) que foi antecipada neste domingo pela revista “Vogue” de junho.

Hillary, que se prepara para ser avó nos próximos meses, descreve sua mãe como uma mulher com uma energia incrível, uma pessoa positiva e muito independente.

A mãe de Hillary adorava romances de mistério, comida mexicana e o programa de televisão “Dancing with the Stars”, e foi viver com a filha pouco antes de completar 90 anos.

“Quando me tornei secretária de Estado mamãe tinha acabado de completar 90 anos. Viveu conosco em Washington durante os últimos anos desde que viver em seu apartamento, com vista para o zoológico, na Avenida Connecticut se tornou em demais para ela”, lembrou Hillary Clinton.

“Tê-la tão perto se tornou um grande respaldo para mim, principalmente após o difícil período que se seguiu ao fim da campanha de 2008”, contou Hillary, que perdeu então a disputa pela candidatura democrata para o atual presidente, Barack Obama.

O livro reconta a grande influência que Dorothy Howell Rodham teve sobre sua neta Chelsea, única filha de Hillary e Bill Clinton, que espera seu primeiro filho.

“Para Chelsea, sua avó foi uma das figuras mais importantes de sua vida”, revelou Hillary, que disse que a avó encorajou Chelsea a perseguir sua paixão pela filantropia.

“Não tenho certeza de ter visto mamãe mais feliz do que no dia do casamento de Chelsea”, disse a ex-secretária de Estado.

A biografia lembra a difícil infância de Dorothy em Chicago, marcada pelo abandono e o trauma.

“Seus pais brigavam frequentemente e se divorciaram quando ela e sua irmã eram pequenas”, escreveu Hillary, que descreveu como as duas irmãs foram à Califórnia para viver com os avós paternos depois de serem abandonadas pelos pais.

Aos 14 anos Dorothy Howell Rodham começou a trabalhar de babá com uma família que a encorajou a continuar os estudos secundários.

“Quando fiquei suficientemente grande para entendê-la perguntei como tinha sobrevivido ao abuso e ao abandono sem se transformar em uma pessoa amarga”, confessou Hillary Clinton.

Sua mãe respondeu que graças à amabilidade que encontrou em momentos difíceis da vida.

Quando perdeu o pai, em 1993, Hillary disse lamentar por todas as coisas que não poderia viver para ver ou fazer.

Quando sua mãe morreu, em outubro de 2011, foi diferente: “Mamãe viveu uma vida longa e plena. Chorei não pelo que ela perderia, mas pelo tanto que a amava”.

Uma frase que descreve a forma como sua mãe viveu sua vida e como Hillary Clinton gostaria de viver a sua é “amei e me amaram, todo o resto é música de fundo”.

“Sei que se estivesse conosco estaria nos encorajando a não se perder nos elogios, a não jogar a toalha, a não deixar de trabalhar nunca para fazer com que o mundo seja um lugar melhor. Essa é nossa tarefa pendente”, diz o fim do trecho, que parece ser um prelúdio da campanha de Hillary pela Casa Branca. EFE

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