Hillary nega que atentado em Benghazi seja impedimento para sua candidatura

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2014 03h38
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Washington, 9 jun (EFE).- A ex-secretária de Estado e ex-primeira dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse em entrevista televisiva transmitida nesta segunda-feira que as críticas a sua gestão dos atentados terroristas de Benghazi, na Líbia, em 2012 são mais “uma razão para concorrer” à Presidência “do que o contrário”.

“Realmente é mais uma razão para eu concorrer do que o contrário, pois não acredito que nosso grande país deva disputar campeonatos de segunda categoria. Devemos estar nos principais”, afirmou Hillary em uma entrevista à emissora “ABC”, que foi transmitida na noite desta segunda-feira, véspera do lançamento de seu novo livro de memórias, “Hard Choices” (Decisões difíceis).

Sua criticada gestão dos atentados de Benghazi (Líbia), em que quatro americanos morreram, entre eles o embaixador nesse país, voltou à tona recentemente com a criação, por parte dos legisladores republicanos, de uma comissão na Câmara dos Representantes para investigar essa crise.

“Acho que isso realmente é uma distração do trabalho duro que o Congresso deveria estar fazendo sobre os problemas do nosso país e do mundo”, opinou Hillary, por enquanto a possível candidata democrata mais bem cotada para a corrida presidencial de 2016.

A chefe das relações exteriores americanas até 2013, também defendeu que não havia nada em suas mãos para que pudesse ter atuado de forma diferente para evitar a tragédia em Benghazi.

“Assumo a responsabilidade, mas eu não tomava as decisões de segurança”, afirmou, para explicar depois que ela confiou no posicionamento dos especialistas sobre a manutenção da segurança no consulado.

“Teria dado o possível para que não tivesse ocorrido”, acrescentou Hillary.

Perguntada na entrevista se comparecerá na comissão especial da Câmara dos Representantes sobre Benghazi, se limitou a dizer que isso “dependerá de quem vai promover a audiência”.

Hillary Clinton começa nesta semana um giro pelos Estados Unidos para apresentar seu último livro de memórias, no qual conta sobre seus anos à frente do Departamento de Estado.

Esta viagem acontece em um contexto no qual a democrata é considerada como a provável candidata de seu partido que terá mais chances de concorrer à Presidência em 2016. EFE

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