Hillary pede calma e pragmatismo após detenção de agente duplo na Alemanha
Berlim, 6 jul (EFE).- A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu neste domingo calma e pragmatismo após a detenção na Alemanha de um espião alemão acusado de atuar como agente duplo para Washington, para quem vazava documentos do Bundestag, a Câmara baixa do parlamento.
Clinton, a principal presidenciável democrata para 2016, afastada há ano e meio da política ativa, fez estas declarações em Berlim em um ato de apresentação de sua autobiografia “Hard Choices” (Decisões difíceis em tradução livre, ainda não editado no Brasil).
A esposa do ex-presidente Bill Clinton garantiu que “é necessário esperar os fatos”, porque há uma investigação federal em andamento sobre acusações “sérias”.
No entanto, seja qual for o resultado da atual investigação judicial, Hillary se mostrou a favor de “não pôr em perigo” as relações bilaterais entre EUA e Alemanha, relações para ela necessárias e muito intensas.
A ex-ministra dedicou vários minutos ao escândalo de espionagem americana em território alemão, que inclui o caso das escutas ao celular da chanceler alemã, Angela Merkel, e garantiu “compreender totalmente” a preocupação dela.
Para Hillary, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, atuou “rapidamente e fez o correto, porque ele estava realmente preocupado” com as consequências das revelações em torno do programa de espionagem em massa dos serviços secretos dos Estados Unidos.
Ela ainda elogiou a chanceler alemã, de quem se disse “amiga e fã”, e a chamou de “a maior líder da Europa” por seu “extraordinário” papel na superação da crise.
Hillary evitou durante a fala sobre o livro citar questões mais espinhosas, e focou em lembranças e argumentos.
Neste contexto, e com um público receptivo, ela descreveu como viveu a operação militar para matar Osama bin Laden, o ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, e sua relação com George W. Bush.
Ainda aproveitou para lembrar que o machismo que persiste, sob diversas fórmulas, no mundo todo, incluída a alta política e apontou, como exemplo, quanto repercutiu suas mudanças de penteado.
Sobre as chances de ser candidata às eleições presidenciais de 2016, Clinton evitou totalmente qualquer afirmação, como já fez outras vezes, mas sem fechar nenhuma opção.
“O que vou a fazer em 2016? Não sei”, disse.
Hillary Clinton é a grande favorita do partido democrata para as eleições presidenciais de 2016, mas tem sido evasiva sobre a disputa à Casa Branca, decisão que disse que revelará ano que vem. EFE
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