Hollande: “A Europa ainda tem o dever e a obrigação de defender a paz”

  • Por Agencia EFE
  • 06/06/2014 13h00
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Ouistreham (França), 6 jun (EFE).- O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta sexta-feira no 70º aniversário do desembarque na Normandia que a Europa e o resto dos aliados ainda têm o dever e a obrigação de preservar a paz.

“Ainda temos o dever de fazer progredir os povos da Europa, de reforçar o papel das Nações Unidas, de defender de todas as partes os direitos humanos”, disse em seu discurso aos 20 chefes de Estado e de governo convidados para as comemorações.

Em um palanque na praia de Ouistreham, onde há sete décadas aconteceu uma das primeiras batalhas do Dia D, o presidente francês destacou que a batalha contra a qual se deve lutar na atualidade “se chama terrorismo, mas também crise humanitária, regulamentação do sistema financeiro e a miséria”.

Em seu discurso, de agradecimento a todos aqueles que contribuíram para a libertação da Europa da ocupação nazista, ressaltou particularmente “a coragem do exército vermelho” e “a contribuição decisiva” para a vitória aliada por parte dos povos da antiga União Soviética.

O reconhecimento foi ampliado aos alemães, “vítimas, também eles, do nazismo”, e apontou que, em tanto que herdeiros daqueles que combateram nessa praia, os países ocidentais têm agora, “mais que um dever, a obrigação” de estar à altura de sua entrega.

“Cabe a nós sermos fiéis a seu sacrifício construindo em nome das gerações futuras um mundo mais justo e mais humano”, acrescentou Hollande, que insistiu que “a liberdade é um combate, não é uma evidência”, e ainda se vê ameaçada “em muitos lugares do mundo”.

O presidente francês e anfitrião da reunião ressaltou que “sobre essas praias tranquilas continua soprando um único vento: o da liberdade”, e expressou seu desejo que, “em nome da França”, a região seja declarada Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A cerimônia, na qual Hollande recebeu pessoalmente os chefes de Estado e de governo e os acompanhou brevemente sobre o tapete vermelho que conduzia aos palcos, incluiu uma simulação da operação aeronaval, enquanto uma voz em “off” contava cronologicamente o fato. EFE

mgr/tr

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