Hollande afirma que “muçulmanos são as primeiras vítimas do fanatismo”

  • Por Agencia EFE
  • 15/01/2015 11h29
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Presidente francês François Hollande discursa durante visita ao Instituto Árabe de Paris

IAN LANGSDON / POOL / EFE Presidente francês François Hollande discursa durante visita ao Instituto Árabe de Paris após atentando contra Charlie Hebdo

O presidente da França, François Hollande, ressaltou nesta quinta-feira que a população muçulmana é a primeira vítima do fanatismo e do fundamentalismo, e pediu união para combater com firmeza qualquer ato que atinja tanto essa religião como as outras.

“O islamismo radical é nutrido de todas as contradições, de todas as influências, misérias, desigualdades, de todos os conflitos não resolvidos há mais tempo, e os muçulmanos são as primeiras vítimas do fanatismo, do fundamentalismo e da intolerância”, disse.

O discurso do chefe de Estado abriu o primeiro fórum internacional “Reinvenções do Mundo Árabe” em Paris, no qual destacou a importância de repudiar as confusões feitas entre os muçulmanos e os que cometeram os atentados da semana passada na França, que resultaram 17 vítimas.

“Temos que lembrar que o islã é compatível com a democracia, que temos que repudiar as amálgamas e as confusões. Os franceses de confissão muçulmana têm os mesmos direitos e deveres que todos os cidadãos. Têm que ser protegidos”, acrescentou.

Hollande ressaltou que “a ordem republicana deve ser exercida com firmeza contra os que a usam contra todos os lugares de culto, como sinagogas, mesquitas e igrejas”, e insistiu que os atos antissemitas e antimuçulmanos “devem não só ser denunciados, mas severamente punidos”.

A França, em suas palavras, é “um país amigo, mas um país com regras, princípios, valores”, entre os quais está um que classificou como inegociável tanto agora como no futuro: “A liberdade, a democracia”.

O presidente francês enfatizou seu desejo que o ocorrido não impeça o desenvolvimento dos intercâmbios econômicos, culturais e universitários com o mundo árabe, e disse que irá propor aos parceiros europeus “novas orientações” para melhorar a cooperação entre as duas partes.

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