Hollande assegura que França não teme consequências da crise grega

  • Por Agencia EFE
  • 29/06/2015 07h03
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French President Francois Hollande gives a statement at the European Council headquarters in Brussels, June 26, 2015. Hollande said on Friday that an attack that morning in southeast France was of "a terrorist nature" and that a suspect had been arrested and identified. Two assailants rammed a car into the premises of a U.S. gas company in Saint-Quentin-Fallavier, southeast France on Friday, exploding gas containers. A decapitated head covered in Arab writing was found at the site. REUTERS/Yves Herman
 TPX IMAGES OF THE DAY REUTERS/Yves Herman Hollande dá declaração em Bruxelas confirmando natureza terrorista do ataque

O presidente da França, François Hollande, assegurou nesta segunda-feira que a economia de seu país não tem “nada a temer das consequências da crise grega”, porque é “muito mais robusta” que há quatro anos.

“Hoje a economia francesa é robusta, muito mais robusta que há quatro anos, e não tem nada que temer do que possa acontecer. (A França) não atua por medo do que possa acontecer, mas porque é sua responsabilidade”, disse após ter realizado no Eliseu um Conselho de Ministros restrito para analisar a situação.

O presidente acrescentou que a França está “sempre disponível” para dialogar, mas ressaltou que respeita a decisão “soberana” do governo grego de submeter a referendo no dia 5 de julho as medidas propostas pelos credores internacionais, e lembrou que a França é partidária de que a Grécia se mantenha na zona do euro.

“O que está em jogo é uma coisa fundamental, saber se os gregos querem ficar na zona do euro, que é seu lugar, na minha opinião, embora corresponda a eles decidir, ou se assumem o risco de sair”, assinalou em um breve pronunciamento à imprensa.

Hollande criticou a decisão do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, de interromper a negociação quando estava “muito perto de um acordo”, mas insistiu que a zona do euro e seu país podem enfrentar seus eventuais efeitos.

“Há incerteza, principalmente na Grécia, e também inquietações sobre os mercados, mas quero ser claro: foram tomadas medidas muito importantes há meses para consolidar a zona do euro (…) e para que haja mais coesão e mais meios para enfrentar toda especulação”, acrescentou.

Hollande detalhou que a reunião de hoje no Eliseu buscava favorecer uma solução.

“A França está disponível, sempre esteve, para que possa ser retomado o diálogo, hoje e amanhã. Mas hoje existe ainda a possibilidade de um acordo, e amanhã isso dependerá da resposta dos gregos ao referendo que foi convocado”, comentou.

O presidente concluiu que seu país desempenhou nesta crise “todos os papéis que se esperavam dele”, e advertiu que embora a França esteja disposta a agir, “só pode fazê-lo se houver uma vontade comum de conseguir uma decisão”. 

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