Hollande assegura que França não teme consequências da crise grega
O presidente da França, François Hollande, assegurou nesta segunda-feira que a economia de seu país não tem “nada a temer das consequências da crise grega”, porque é “muito mais robusta” que há quatro anos.
“Hoje a economia francesa é robusta, muito mais robusta que há quatro anos, e não tem nada que temer do que possa acontecer. (A França) não atua por medo do que possa acontecer, mas porque é sua responsabilidade”, disse após ter realizado no Eliseu um Conselho de Ministros restrito para analisar a situação.
O presidente acrescentou que a França está “sempre disponível” para dialogar, mas ressaltou que respeita a decisão “soberana” do governo grego de submeter a referendo no dia 5 de julho as medidas propostas pelos credores internacionais, e lembrou que a França é partidária de que a Grécia se mantenha na zona do euro.
“O que está em jogo é uma coisa fundamental, saber se os gregos querem ficar na zona do euro, que é seu lugar, na minha opinião, embora corresponda a eles decidir, ou se assumem o risco de sair”, assinalou em um breve pronunciamento à imprensa.
Hollande criticou a decisão do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, de interromper a negociação quando estava “muito perto de um acordo”, mas insistiu que a zona do euro e seu país podem enfrentar seus eventuais efeitos.
“Há incerteza, principalmente na Grécia, e também inquietações sobre os mercados, mas quero ser claro: foram tomadas medidas muito importantes há meses para consolidar a zona do euro (…) e para que haja mais coesão e mais meios para enfrentar toda especulação”, acrescentou.
Hollande detalhou que a reunião de hoje no Eliseu buscava favorecer uma solução.
“A França está disponível, sempre esteve, para que possa ser retomado o diálogo, hoje e amanhã. Mas hoje existe ainda a possibilidade de um acordo, e amanhã isso dependerá da resposta dos gregos ao referendo que foi convocado”, comentou.
O presidente concluiu que seu país desempenhou nesta crise “todos os papéis que se esperavam dele”, e advertiu que embora a França esteja disposta a agir, “só pode fazê-lo se houver uma vontade comum de conseguir uma decisão”.
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