Hollande: “Contra a barbárie, a força não é apenas necessária, mas legítima”
Nações Unidas, 24 set (EFE).- O presidente da França, François Hollande, defendeu nesta quarta-feira a resposta internacional aos jihadistas do Estado Islâmico (EI) e ressaltou que “contra a barbárie, a força não é apenas necessária, mas é legítima”.
Hollande insistiu em reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU que Paris não cederá diante do terrorismo, pouco depois de confirmar o assassinato do francês Hervé Gourdel por um grupo terrorista argelino ligado ao EI.
O presidente francês lembrou ao CS que Gourdel se dirigia a seu lugar favorito em uma montanha argelina quando foi sequestrado e posteriormente assassinado “em condições espantosas, pois foi decapitado”.
Em relação a essa ameaça terrorista, garantiu que o mundo deve responder de forma unificada e “sem fraqueza alguma, mas com a inteligência que a democracia nos oferece”, respeitando a legalidade e a liberdade.
Além disso, lembrou que a força é “necessária”, mas não “suficiente”, por isso é preciso dar uma resposta política para as raízes do terrorismo, um fenômeno que não é novo, mas que adquiriu uma nova dimensão.
“Daesh (o acrônimo árabe do EI) é a encarnação mais recente desta loucura terrorista. Seu caráter é inovador no sentido que tem a vontade de conquistar e também por atrair um número crescente de nossos concidadãos para tomarem parte em seus combates”, destacou Hollande.
Por isso, louvou a resolução adotada hoje pelo Conselho de Segurança para combater o fenômeno dos combatentes estrangeiros e lembrou que a França já iniciou uma reforma legislativa com esse objetivo.
“A cada dia, homens, mulheres e inclusive crianças, famílias inteiras, se juntam ao Daesh”, afirmou, ao informar que existem cerca mil cidadãos e residentes da França combatendo na Síria e no Iraque. EFE
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