Hollande pede vontade política para que refugiados fiquem no Oriente Médio

  • Por Agencia EFE
  • 08/09/2015 13h19
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Paris, 8 set (EFE).- O presidente francês, François Hollande, insistiu nesta terça-feira que é preciso fazer com que os refugiados não saiam do Oriente Médio e que “possam ser amparados nas melhores condições nos países vizinhos”.

Hollande, em uma conferência internacional em Paris sobre as vítimas das perseguições religiosas e étnicas, insistiu que “o que está em jogo no Oriente Médio é o fim de uma história de pluralidade, de diversidade e de diálogo”.

O presidente francês considerou que a saída da região de minorias perseguidas pelo Estado Islâmico (EI) é uma vitória para o grupo terrorista, que pretende “fazer reinar o medo” e uma retirada das comunidades.

Por isso, Hollande reivindicou ajuda aos países da região que acolhem 4 milhões de refugiados sírios que fugiram de seu país, em particular Turquia, Líbano e Jordânia.

Hollande advertiu que caso de não seja feito agora, terá que ser feito “mais tarde em condições mais dramáticas”, após ter recordado que já houve 3 mil vítimas na travessia do Mediterrâneo para entrar na Europa.

Em qualquer caso, o chefe do Estado francês afirmou que seu país receberá os que fogem do Oriente Médio, de acordo com uma regra europeia que “deverá repartir os refugiados entre os diferentes Estados”.

Mas ressaltou que é preciso “tratar as causas ao invés das consequências”, e daí o envolvimento da França na coalizão internacional que bombardeia alvos do EI no Iraque e, desde a inflexão que ele mesmo anunciou ontem, também na Síria.

Sobretudo, Hollande afirmou que “a urgência é política” e que os esforços devem se concentrar em “uma transição política na Síria” na qual Paris exclui a participação do presidente, Bashar al Assad, embora não elementos de seu regime.

Cerca de 60 países estão representados nesta conferência sobre as vítimas das perseguições religiosas e étnicas, organizada em comum pela França e Jordânia. EFE

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