Hollande promete que não serão poupados meios contra uso de armas químicas

  • Por Agencia EFE
  • 20/05/2014 13h34
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Paris, 20 mai (EFE).- O presidente da França, François Hollande, advertiu nesta terça-feira que se forem descobertas novas provas do uso de armas químicas por parte das autoridades sírias, recorrerá a “todos os meios” para condenar o regime e impor sanções.

“Denunciamos o uso de armas químicas e foi fixado um acordo a respeito. Se observarmos de novo provas de seu uso, utilizaremos todos os meios para condenar de novo o regime” sírio, assegurou Hollande depois de se reunir no palácio do Eliseu com o presidente da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Ahmed al Jarba.

Em um discurso conjunto perante a imprensa, o presidente francês ressaltou que o regime sírio se serve em sua luta de “todos os meios, ajudado por forças externas”, o que constitui uma “razão a mais para apoiar a coalizão”, qualificada pelo Ocidente como a única voz legítima para se expressar em nome do povo desse país.

“Está composta de múltiplas personalidades, mas unida em um ponto: a democracia, o respeito às liberdades e a vontade de preservar a integridade territorial”, indicou o chefe do Estado francês sobre a coalizão.

Hollande destacou que, se a situação na Síria não fosse tão grave, a convocação de eleições nesse país para 3 de junho seria “irrisória”, porque não vai dar outro resultado do que a manutenção no poder do presidente Bashar al-Assad.

O presidente francês acrescentou que durante a reunião de hoje, a terceira deste tipo, foi colocado tudo o que é possível fazer em nível político, diplomático e financeiro “para que a coalizão possa ter os meios para se defender contra o regime” e contra as “múltiplas” forças terroristas presentes nesse país.

“Não pouparemos esforços para fazer prevalecer o direito do povo sírio”, concluiu Hollande, que se declarou disposto a receber a Al Jarba “tantas vezes quanto seja necessário para que a Síria possa ser um país livre”.

Por sua parte, o presidente da coalizão síria fez uma nova chamada para que a comunidade internacional diga “basta aos assassinatos e humilhações” de Assad, que, segundo ressaltou, “quer ser presidente sobre os corpos dos sírios”. EFE

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