Homem de 78 anos é atropelado por ciclista sob o Minhocão e morre
Ocorre na manhã desta quarta-feira (19) o velório de Florisbaldo Carvalho da Rocha, 78 anos, no Cemitério do Araçá. Ele foi atropelado por um ciclista na tarde desta segunda ao atravessar a Rua Amaral Gurgel, sob o Elevado Costa e Silva, o “Minhocão”. O enterro será realizado às 14h no Cemitério da Vila Alpina.
Florisbaldo morava em um condomínio naquela região central da cidade e atravessava a rua para ir ao mercado em frente ao prédio. Entre 14h30 e 15h, ele foi atingido no canteiro central da rua por uma bicicleta que estava trafegando na ciclovia recém-inaugurada no local. O ciclista ficou no local e prestou os devidos socorros.
A vizinha Rosália de Souza, síndica do prédio de Florisbaldo, que testemunhou os primeiros momentos após o acidente, conta que o resgate “veio muito rápido”, mas já não havia muito o que fazer. “Eles tiveram que entubar o Seu Rocha aqui na porta de casa já. Ele saiu daqui já quase sem vida”, relata Rosária, que acompanhou o aposentado até o hospital. “A batida foi muito forte”.
Florisbaldo foi encaminhado à Santa Casa de Misericóridia, mas não resistiu ao ferimentos e acabou morrendo. O falecimento foi confirmado entre 17h e 18h e o corpo só foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) nesta terça (18).
A aposentada Erenita Carvalho da Rocha, viúva de Florisbaldo, conta que o aposentado teve epilepsia e problemas de saúde que comprometeram sua mobilidade, mas que nos últimos meses já estava melhor. “Fiquei mais de três meses dando banho nele porque ele ficou ruim, sem poder andar”. Recentemente, porém, ele se recuperou e já podia andar. “Agora que ele estava bem de saúde, corado, forte, sadio, bem mesmo, agora vem esse ciclista e tira a vida dele”.
Tráfego complicado
Aquela região central da cidade possui muitos moradores idosos, dizem os transeuntes. Eles reclamam que as ruas e calçadas não estão sinalizadas e preparadas devidamente para a locomação segura de pessoas de mais idade. Sob o Minhocão, os carros também costumam trafegar em alta velocidade. Alguns motoristas têm medo de dirigir devagar por lá, devido ao alto número de moradores de rua no local.
“Nas calçadas não dá para andar (por serem irregulares). O que a gente faz? Passa por debaixo (do Minhocão). Sempre foi isso. Depois da ciclovia, que a gente faz? Agora a gente não tem mais como andar. Tem que tomar cuidado com os ciclistas”, alerta Joyce Viana, dona de casa que mora no bairro.
As pilastras sob o Minhocão também são bem largas e eventualmente podem proporcionar pontos cegos tanto para o pedestre quanto ao ciclista, confirmou também a reportagem Jovem Pan.
Informações do repórter Jovem Pan Tiago Muniz, autor das fotos acima
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