Homem é encontrado morto após ação da guerrilha no Paraguai
Assunção, 5 abr (EFE).- Policiais paraguaios encontraram o corpo de um homem desaparecido após um confronto na quarta-feira passada entre a guerrilha do Exército do Povo Paraguaio (EPP) e militares e policiais, que deixou três mortos, informaram neste sábado fontes judiciais.
O homem, Isaac Arce, de 37 anos, levou dois tiros na nuca e um no ombro, por isso o fiscal antisequestro Federico Delfino disse a veículos de imprensa locais que aparentemente os guerrilheiros o obrigaram a se ajoelhar e o executaram.
Membros da Força de Tarefa Conjunta, que combate a a guerrilha, acharam o corpo na sexta-feira perto de onde ocorreu em choque, na cidade de Paso Tuyá, departamento de Concepción.
No dia do ataque, Arce, que era peão em um hotel fazenda, saiu para caçar e disse a sua mulher que voltaria ao anoitecer, mas não voltou, segundo o Ministério do Interior. Sua moto foi encontrada posteriormente na floresta.
Na fuga, os guerrilheiros fizeram refém um jovem de 16 anos, filho dos donos de uma fazenda na qual entraram e que continua sequestrado.
Os fatos aconteceram na quarta-feira, quando a coluna guerrilheira assaltou duas casas e se levou mantimentos e uma “considerável quantidade de dinheiro”, segundo o coronel Héctor Grau, porta-voz da Força de Tarefa Conjunta (FTC).
Alguns moradores enviaram mensagens de telefone de auxílio às forças militares e policiais no local, que se deslocaram ao lugar, segundo Grau.
A troca de tiros terminou com a morte de Bernardo Bernal, conhecido como Coco, considerado o “número três” do EPP, e Claudelino Silva, ambos de 20 anos, assim como do sargento Modesto Monges, de 21 anos.
Grau indicou que encontraram rastros de sangue que apontariam a que alguns dos guerrilheiros ficaram feridos no choque.
O ministro do Interior, Francisco de Vargas, qualificou a ação como um “golpe de grande magnitude” contra a quadrilha, já que os dois membros do EPP mortos pertenciam a sua “célula principal”.
O promotor Alejo Vera disse à imprensa local que a coluna guerrilheira de Paso Tuyá se compunha de 15 pessoas.
A Promotoria estima que o EPP conta com cerca de 20 militantes no total, com base nas imagens divulgadas em janeiro pela guerrilha, nas quais apareciam levando armas automáticas.
O EPP é um pequeno grupo armado que tomou esse nome em 2008, embora sua ação mais famosa tenha sido o sequestro três anos antes de María Edith Bordón, esposa de um empresário paraguaio. EFE
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