Homens armados atacam universidade no Quênia e fazem estudantes de reféns

  • Por EFE
  • 02/04/2015 05h51

Um grupo de homens armados atacou nesta quinta-feira a Universidade de Garissa, no leste do Quênia e na fronteira com a Somália, e tomou como reféns um número desconhecido de estudantes em uma das residências do campus, informou o Ministério do Interior. O grupo jihadista somali Al Shabab reivindicou o ataque.

“Das quatro residências, três foram evacuadas. Os atiradores foram encurralados em uma das residências e as operações continuam”, informou o Ministério do Interior do Quênia através de sua conta oficial no Twitter.

Até o momento, pelo menos dois agentes de segurança morreram no ataque, enquanto 65 pessoas teriam ficado feridas , algumas delas em estado grave, segundo a Cruz Vermelha.

No entanto, alguns meios de comunicação locais apontam que pelo menos oito pessoas morreram neste ataque.

O ataque começou por volta das 5h30 (horário local, 23h30 de quarta-feira de Brasília), quando os atiradores entraram no recinto universitário e começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos.

Os atiradores conseguiram entrar nas residências do campus após enfrentar-se em um tiroteio com os policiais que protegiam a entrada desta área, explicou o inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, que se encontra no local.

As Forças de Defesa do Quênia e a polícia, que efetuam uma ação conjunta no terreno, conseguiram evacuar três dos edifícios onde se alojam os universitários. No entanto, o grupo armado se entrincheirou em outro dos prédios, onde tomaram como reféns um número indeterminado de estudantes.

Algumas testemunhas relataram ao jornal queniano “The Standard” que os atiradores entraram no campus quando os estudantes se preparavam para realizar as orações matutinas.

Desde que em outubro de 2011 o exército queniano entrou na Somália para combater o Al Shabab, o país foi alvo de constantes atentados terroristas, o mais grave deles no shopping Westgate, ocorrido em 2013 e no qual morreram pelo menos 67 pessoas.

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