Homicídios são terceira causa de morte de homens entre 15 a 44 anos no mundo

  • Por Agencia EFE
  • 10/12/2014 10h49

Genebra, 10 dez (EFE).- Os homicídios são a terceira causa de morte de homens entre 15 e 44 anos e no total, são tiradas por ano 475 mil vidas, segundo o primeiro relatório de alcance internacional publicado nesta quarta-feira sobre este assunto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou hoje os resultados do estudo, que indicam que os homens sofrem mais frequentemente atos violentos com consequências fatais; no entanto são as mulheres, crianças e idosos as vítimas mais frequentes de tipos de violência que não terminam em morte.

O relatório, no qual também colaboraram especialistas do Escritório da ONU para o Crime e as Drogas, revela que uma em cada quatro crianças sofreu abuso físico e uma em cada cinco meninas e jovens sofreram agressões sexuais.

Além disso, uma em cada três mulheres foi vítima de violência física ou sexual por parte de seu companheiro em algum momento de sua vida.

Embora o quadro seja dramático, a situação melhorou na última década, com um diminuição da taxa de homicídios de 16% entre os anos 2000 e 2012.

A diretora geral da OMS, Margaret Chan, assinalou sobre estes dados que é necessário dar a atenção necessária às consequências da violência física, mental e sexual, já que frequentemente podem causar problemas de saúde ao longo de toda a vida da vítima.

“A violência é uma das causas de doenças que levam à morte, como o câncer, os problemas do coração e a aids, porque as vítimas têm um maior risco de adotar comportamentos como fumar, consumir álcool, drogas e fazer sexo inseguro”, explicou.

O documento expõe que apesar de uma proporção arrasadora de países contarem com leis para a prevenção da violência, só uma minoria tem leis que abrangem os diferentes tipos de violência, mecanismos para garantir seu cumprimento ou serviços para as vítimas.

Dos 133 países que participaram do estudo, só uma terceira parte implementa iniciativas amplas para prevenir a violência: visitas família em risco de violência e realizar programas sobre o fenômeno do assédio no meio escolar (conhecido como “bullying”).

Igualmente relegados da ajuda estão aqueles que cuidam dos idosos e em menos de uma quarta parte dos países analisados há campanhas públicas para prevenir o abuso das idosos.EFE

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