Honduras congela bens de família de supostos traficantes extraditados aos EUA
Tegucigalpa, 31 jan (EFE).- As autoridades de Honduras informaram neste sábado o congelamento de pelo menos cinco propriedades da família dos irmãos Miguel Arnulfo, Luis Alonso e José Inocente Valle Valle, que foram extraditados para os Estados Unidos nas últimas semanas por tráfico de drogas.
As propriedades foram congeladas durante uma operação da Promotoria Especial Contra o Crime Organizado, junto à Agência Técnica de Investigação Criminal e à diretoria de Luta Contra o Tráfico de Drogas na cidade de San Pedro Sula, no norte de Honduras, segundo um comunicado do Ministério Público.
A promotoria afirmou que a operação conjunta é “um duro golpe a estes grupos criminosos”. O órgão detalhou que entre as propriedades ligadas aos irmãos Valle estão dois apartamentos, uma casa e vários estabelecimentos comerciais, entre outros.
As autoridades de Honduras extraditaram em 23 de janeiro aos EUA o casal formado por José Inocente Valle Valle e Marlen Amaya, os quais Washington queria por levar droga ao país. Miguel Arnulfo e Luis Alonso Valle Valle foram extraditados aos Estados Unidos no dia 18 de dezembro de 2014 pelo mesmo crime.
As autoridades de Honduras também entregaram em 2014 outros dois supostos traficantes de drogas hondurenhos, Carlos Arnaldo Lobo e Juving Alexander Suazo. Preso em Tegucigalpa, Héctor Emilio Fernández aguarda a data de sua extradição.
O congelamento dos bens para que não possam ser vendidos ou repassados foi realizado em “cumprimento de uma ordem judicial” que estabelece que os bens foram “adquiridos como fruto de atividades ilícitas por estarem vinculados a atividades de tráfico de drogas, constituindo patrimônios sem justificativa alguma”, ressalta o comunicado.
A nota também diz que entre os estabelecimentos há um hotel na cidade de San Rosa de Copán, que era propriedade da Sociedade Mercantil de Investimentos Flor del Café, da qual Luis Alonso e Arnulfo eram sócios.
As autoridades hondurenhas congelaram nesta semana mais de 60 propriedades, entre residências, empresas, fazendas, apartamentos e outros negócios, que aparentemente foram adquiridos de maneira ilegal pelo suposto traficante Rubén Mejía, morto no ano passado, que estaria ligado a uma quadrilha recém-desarticulada. EFE
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