Hong Kong retira carne brasileira suspeita de prateleiras de mercados

Clientes observam carnes em açougue de Hong Kong

EFE - Clientes observam carnes em açougue de Hong Kong

Após proibir a importação da carne brasileira, Hong Kong também retirará o produto importado do Brasil das prateleiras de seus supermercados.

Toda carne fresca, congelada e de ave importada de seis dos 21 estabelecimentos investigados pela Carne Fraca da Polícia Federal (aqueles que exportaram para Hong Kong) será eliminada, anunciou o governo local.

Importando R$ 718 milhões em 2016, o País asiático é o segundo maior comprador de carne brasileira, atrás apenas da vizinha China.

Até esta quarta (22), onze destinos haviam suspendido a importação de carnes brasileiras dos frigoríficos investigados: China, Estados Unidos (vão inspecionar amostras), União Europeia, Chile, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos, Hong Kong, Israel, Jamaica, Japão, México e Suíça.

“Não pudemos eliminar completamente os perigos ocultos em termos de segurança alimentar”, disse Ko Wing-man, secretário de Saúde da região chinesa, segundo o site G1. Ele afirmou que pretende, com isso, dar confiança aos consumidores locais em relação à carne brasileira proveniente de fábricas não envolvidas no escândalo.

Prejuízo                   

O embargo internacional tem causado prejuízo e insegurança a empresas brasileiras, inclusive algumas não envolvidas na Operação da PF.

Os embargos feitos à carne brasileira poderão estrangular o sistema de armazenamento nacional e criar uma série de despesas adicionais para os produtores. Como é um mercado muito dinâmico, em que a produção é encaminhada quase que simultaneamente aos portos ou aos pontos de venda, qualquer entrave atrapalha o processo.