Hosni Mubarak, ex-presidente do Egito, ganha liberdade após seis anos

  • Por EFE
  • 24/03/2017 09h11
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KEF02 CAIRO (EGIPTO) 24/03/2017.- Fotografía de archivo tomada el 29 de abril de 2015 que muestra al expresidente egipcio Hosni Mubarak durante su juicio en El Cairo (Egipto). Mubarak fue puesto hoy, 24 de marzo de 2017, en libertad y abandonó el hospital militar donde ha estado recluido buena parte de los pasados seis años, desde que fue detenido tras la revolución que le derrocó en 2011, informó a Efe su abogado, Farid al Dib. EFE/Khaled Elfiqi KHALED ELFIQI/EFE Hosni Mubarak - EFE

O ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, foi posto em liberdade nesta sexta-feira e deixou o hospital militar onde esteve em boa parte dos últimos seis anos, desde que foi preso após a revolução que lhe tirou do poder em 2011, segundo informou à Agência Efe o advogado Farid al Dib.

O advogado explicou que o ex-mandatário, de 88 anos, saiu às 8h30 (horário local, 3h30 de Brasília) do hospital de Maadi, no Cairo, e seguiu para sua residência no bairro de Heliópolis.

Sua libertação acontece depois que a Procuradoria Geral egípcia a ordenou em 13 de março, após a absolvição de Mubarak no começo do mês por suposta cumplicidade na morte de 239 manifestantes durante os protestos que acabaram com seu mandato entre janeiro e fevereiro de 2011.

Mubarak tinha sido condenado em maio de 2015 -sentença confirmada em janeiro de 2016- a três anos de prisão por apropriação de fundos públicos reservados aos palácios presidenciais e a Procuradoria considerou que já cumpriu essa pena.

A absolvição abriu a porta para que a equipe defensora do ex-ditador pudesse solicitar à Procuradoria que diminuísse a condenação de três anos de prisão por um caso de corrupção no período que o ex-mandatário passou em prisão preventiva pela repressão violenta da revolta.

O “faraó” foi detido de forma preventiva em abril de 2011, pouco após ter sido obrigado a deixar o poder, e permaneceu desde então na prisão ou sob vigilância no hospital das Forças Armadas de Maadi, devido a seu delicado estado de saúde e sua avançada idade, 88 anos.

Sua libertação representa para muitos revolucionários e ativistas o final das tentativas de justiça pelos abusos e a corrupção durante os 30 anos de ditadura (1981-2011) e pela violência durante a revolução de 25 de janeiro. 

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