Hospitais particulares sofrem com superlotação e mudam rotinas por causa de epidemia de dengue
Hospitais particulares também sofrem com superlotação e mudam rotinas por causa de epidemia de dengue em todo o país. A Associação Nacional de Hospitais Privados disse que os casos triplicaram de janeiro para fevereiro e triplicaram, novamente, de fevereiro para março. A instituição contou que, por causa dessa demanda, foi necessário ampliar em 15% a 20% as equipes médicas e de enfermagem.
Em entrevista ao repórter Tiago Muniz, o presidente da Associação, Francisco Balestrin, reconheceu que tanto o poder público como as instituições privadas poderiam ter tido uma melhor preparação. “O poder público, sabendo que todos os anos isto acontece, deveria ter tido uma ação mais severa de controle. As instituições privadas, sabendo que o número de casos estavam crescendo, poderiam ter se preparado melhor”, disse.
Na capital paulista, o Hospital Nove de Julho registrou 474 casos de suspeita de dengue nos três primeiros meses deste ano; no ano passado, foram 227.
O presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, explicou que há um problema de leitos. “O país tem carência de leitos hospitalares e também a estrutura de atendimento, sempre foi adequada às dimensões daquela unidade hospitalar. E houve esse acréscimo muito rápido e, num primeiro momento, encontrar caminhos administrativos para equacionar este problema é complicado”.
O presidente da APM citou ainda que a medida mais importante é mesmo o aumento do serviço de profissionais de saúde nas instituições. O atendimento precisa ser rápido, pois pessoas que ficam na fila por cinco ou seis horas podem enfrentar desidratação ou outras complicações.
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