Hospital do DF isola 16 pessoas infectadas por bactéria multirresistente

  • Por Agência Brasil
  • 03/06/2015 20h01
2004 Matthew J. Arduino, DRPH; Janice Carr This SEM depicts a highly magnified cluster of Gram-negative, non-motile Acinetobacter baumannii bacteria; Mag - 13331x. Members of the genus Acinetobacter are nonmotile rods, 1-1.5µm in diameter, and 1.5-2.5µm in length, becoming spherical in shape while in their stationary phase of growth. Acinetobacter spp. are widely distributed in nature, and are normal flora on the skin. Some members of the genus are important because they are an emerging cause of hospital acquired pulmonary, i.e., pneumoniae, hemopathic, and wound infections. Divulgação/Wikimedia Commons Acinetobacter baumannii

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou hoje (3) que 16 pacientes foram isolados no Hospital Regional de Santa Maria, a 30 quilômetros de Brasília, após exames detectarem uma bactéria multirresistente, a Acinetobacter baumannii.

Segundo a direção do hospital, dois pacientes passam por tratamento com antibióticos. Em 14 pessoas, a bactéria foi encontrada, mas não causa infecção. O quadro clínico de cada paciente não foi detalhado.

De acordo com a secretaria, mais cinco pacientes infectados com bactérias multirresistentes continuam internados em outros dois hospitais do DF e um idoso teve alta médica hoje.  Os casos de contaminação por superbactérias ganharam repercusão depois que três pacientes infectadas morreram, domingo e segunda-feira.

O diretor de Infectologia do Hospital de Santa Maria, Paulo Cortez, negou que o Distrito Federal passe por um surto de contaminação por bactérias multiresistentes. Segundo ele, os pacientes identificados têm doenças crônicas e longo tempo de permanência na unidade hospitalar. “Todos os pacientes são submetidos aos protocolos de segurança da unidade. Os leitos estão isolados individualmente e não há áreas interditadas no hospital”, disse o médico.

Cortez ressaltou que a resistência das bactérias aos antibióticos é um problema mundial. “As bactérias multirresistentes fazem parte do processo evolutivo bacteriano. Para o manejo, são necessários antibióticos de espectro maior e medidas de contenção, como o isolamento de contato”, disse o especialista.

Assim como o KPC e o enterococo, bactérias identificadas no Distrito Federal, o Acinetobacter baumannii não se propaga pelo ar e só pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo contato direto ou com os aparelhos utilizados por elas. Segundo o especialista, a bactéria é comum em ambiente hospitalar.

Cortez informou que os primeiros pacientes com a bactéria no hospital foram internados ainda em janeiro e esse tipo de organismo fica restrito a locais de assistência médica de maior complexidade. “Conforme o estado de saúde do paciente, seja por doença ou cirurgia ampla, ele fica mais suscetível a desenvolver a infecção”, explicou.

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