Hospital ganês tem prazo de 14 dias para justicar desaparecimento de 5 bebês

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2014 16h03

Acra, 28 fev (EFE).- O Ministério da Saúde de Gana deu um prazo de 14 dias para um dos hospitais mais importantes do país justificar o desaparecimento de cinco bebês, que supostamente morreram ao nascer, mas, na realidade, foram roubados, informou nesta sexta-feira o Executivo ganês.

Após o caso vir à tona, sete pessoas foram acusadas de roubar um bebê no Hospital Komfo Anokye de Kumasi, no centro de Gana.

O hospital universitário, o segundo mais importante do país, recebeu um ultimato por parte do governo para esclarecer o desaparecimento de cinco bebês que, segundo as autoridades do centro médico, nasceram mortos no último dia 5.

A ministra ganesa da Saúde, Sherry Ayittey, explicou que a investigação foi iniciada após a suspeita da morte de um recém-nascido, filho de Suwaiba Abdul-Mumin, uma mulher de 42 anos de idade, que deu à luz na madrugada desse mesmo dia.

Quando os familiares da mãe exigiram o corpo do bebê para enterrá-lo seguindo os preceitos dos muçulmanos, o hospital não soube indicar onde o corpo do bebê.

Após esse episódio, uma multidão enfurecida invadiu a sala de maternidade e destruiu toda mobília, ação que deixou enfermeiro ferido.

Entre os acusados por este caso se encontram um médico e uma supervisora, além de um zelador e vários enfermeiros, todos acusados de conspirar para raptar e roubar o recém-nascido.

Posteriormente, a investigação iniciada pelo Ministério da Saúde revelou que no dia 5 de fevereiro, quando o cadáver do filho de Suwaiba desapareceu, houve outros 16 nascimentos, sendo cinco de “crianças sem vida”.

Com base nessa média, 30% dos bebês nascidos naquele dia morreram, uma porcentagem consideravelmente elevada, segundo a ministra.

“O Hospital Komfo Anokye deve dar conta dos cadáveres dos cinco bebês nascidos mortos no prazo de 14 dias úteis para que as famílias possam realizar o enterro”, especificou a ministra.

“Estamos trabalhando duro para reduzir a mortalidade neonatal, assim como a mortalidade materna e infantil e, por isso, estamos levando muito a sério essa questão”, ressaltou Ayittey.

As autoridades do hospital indicaram que não puderam localizar o corpo do bebê nem rastrear seu paradeiro, embora tenham negado que os recém-nascidos tivessem sido roubados. EFE

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