Houthis assumem proteção da casa do presidente iemenita

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 12h47

Sana, 21 jan (EFE).- Combatentes do movimento rebelde xiita dos houthis assumiram a proteção da casa do líder do Iêmen, Abdo Raboo Mansour Hadi, depois que ontem tomaram o controle do palácio presidencial em Sana.

Segundo pôde constatar a Agência Efe, vários combatentes houthis tomaram posições fora da residência de Hadi junto a integrantes da guarda presidencial e veículos blindados do pessoal do chefe do Estado.

“Nós e eles (os houthis) protegemos o presidente”, disse à Agência Efe um dos elementos da guarda presidencial que pediu o anonimato, enquanto outro acrescentou que Hadi não abandonou sua casa.

A maioria dos postos de controle da guarda presidencial perto do domicílio de Hadi estão vazios, ao mesmo tempo que milicianos houthis tomam conta do palácio presidencial, no bairro de Al Sabain, no sul da capital.

Ontem, o grupo rebelde tomou o controle do palácio presidencial e bombardeou a residência do chefe do Estado.

A organização xiita, que controla Sana desde setembro, pede, entre outras exigências, a reforma da comissão que supervisiona a aplicação das conclusões do diálogo nacional realizado há meses para que represente melhor os grupos políticos.

Além disso, reivindica a modificação da minuta da Constituição para evitar a divisão do país em seis regiões e a aplicação do acordo de paz e de segurança assinado entre os grupos políticos e as autoridades em setembro depois que os houthis se instalaram na capital.

O pacto estipula, entre outras medidas, mais equidade na participação das forças políticas no poder e medidas para a desmilitarização das milícias.

O líder do movimento xiita, Abdelmalek al Huti, exigiu ontem a Hadi que aplique o acordo de paz alcançado em setembro e lhe advertiu que velará pelos interesses dos iemenitas porque suas aspirações “não têm fronteiras”.

Ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma cessação imediata dos combates e chamou às partes para que cumpram os compromissos que tinham aceitado previamente e devolvam o poder às autoridades legítimas. EFE

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