Houthis do Iêmen desdobram combatentes nos arredores de Sana

  • Por Agencia EFE
  • 19/08/2014 17h24

Sana, 19 ago (EFE).- O movimento rebelde xiita do Iêmen, conhecido como houthis, começou a desdobrar seus combatentes nos arredores da capital do país, Sana, nesta terça-feira no que representa os preparativos de uma ofensiva.

O Comitê Supremo de Segurança, principal órgão deste tema no país, afirmou que os rebeldes estão concentrados nas montanhas, possivelmente para entrar na capital e estabelecer postos de controle nos principais acessos à cidade.

Em comunicado lido na televisão estatal, o comitê assegurou que grupos armados do movimento houthi Ansar Allah (Seguidores de Alá) já estão rodeando toda a cidade com diferentes tipos de armas. O texto detalhou que eles estão na região das Mesquitas, no oeste da capital; em Al Haziz, no sul, e em Al Rahba, perto do aeroporto de Sana, no norte, assim como em outras áreas da cidade.

Os insurgentes começaram a se concentrar no começo da manhã nas montanhas e de lá começaram a patrulhar várias áreas. O comitê afirmou que os combatentes utilizaram escavadeiras e equipes para levantar barricadas, e nelas penduraram cartazes reivindicam “direitos legais e legítimos”.

Milhares de manifestantes do movimento xiita iemenita se manifestaram ontem em Sana para pedir a renúncia do governo e a anulação da alta dos preços dos combustíveis.

Os participantes gritaram palavras de ordem como “O povo quer derrubar o governo” e levantaram cartazes nas quais estavam escritas reivindicações como “Abaixo a corrupção” e “Não ao empobrecimento do povo”.

O movimento Ansar Allah, que manteve várias disputas com o exército iemenita desde 2004, controla as províncias de Saada e Amrán, no noroeste do país, e pretende ampliar o domínio a outras regiões do país.

O atual governo de coalizão é presidido pelo político independente Mohammed Salem Basindawa desde 2011, depois dos protestos maciços que levaram à derrocada do então presidente, Ali Abdullah Saleh, embora não inclua representantes da Ansar Allah. EFE

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