HSBC ocultou fundos de suspeitos de crimes, diz jornal

  • Por Agencia EFE
  • 13/02/2015 10h48
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Londres, 13 fev (EFE).- O banco HSBC ocultou fundos de suspeitos de crimes na Suíça, entre eles pessoas supostamente envolvidas em lavagem de dinheiro ou em casos de corrupção, segundo informou nesta sexta-feira jornal britânico “The Guardian”.

Apesar de ser obrigado desde 1998 a analisar a situação de clientes considerados de alto risco, a entidade deu contas a clientes envolvidos em grandes escândalos na África, entre eles um sobre os empresários quenianos Deepak Kamani e Anura Perera, supostamente relacionados com um caso de corrupção no Quênia, de acordo com a informação do jornal.

O HSBC também guardava ativos de banqueiros acusados de saquear fundos das antigas repúblicas soviéticas, e concedeu contas a pessoas supostamente vinculadas ao tráfico de cocaína na República Dominicana, acrescenta o “The Guardian”.

O jornal também menciona Vladimir Antonov, acusado supostamente saquear fundos do banco Lithuanian Snoras.

O escândalo sobre as contas secretas do banco na Suíça repercutiu mundialmente nesta semana, depois que vários veículos de comunicação publicaram uma investigação internacional a partir dos dados vazados pelo ex-funcionário do HSBC Hervé Falciani.

De acordo com a informação publicada nesta sexta-feira pelo jornal britânico, a participação do banco variou em cada caso, pois algumas contas teriam sido utilizadas diretamente para supostas transações corruptas.

Depois de entrar em contato com o banco, o jornal afirmou que a entidade admitiu que, após a compra da filial de Genebra, em 1999, foram mantidas “muitas” contas de “alto risco”, mas se negou a falar sobre os detalhes dos clientes.

No entanto, o HSBC declarou que tomou medidas para atender a esses problemas e que fechou contas de pessoas que não podiam provar que cumpriam as obrigações fiscais.

O Comitê de Fazenda do parlamento britânico anunciou que convocará a depor representantes do HSBC e da Receita do Reino Unido (HMRC, em inglês) para esclarecer as acusações de evasão fiscal através da filial suíça da entidade.

O presidente do Comitê, Andrew Tyrie, admitiu sua “preocupação” depois que a imprensa britânica divulgou nesta semana que a Fazenda britânica recebeu, em 2010, dados sobre cerca de 1.100 pessoas que evitaram pagar impostos, das quais apenas uma foi processada. EFE

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