Human Rights Watch diz que situação na Venezuela “não poderia ser mais grave”

  • Por EFE
  • 19/05/2016 13h52
EFE Vivanco Human Rights Watch

O diretor para as Américas da Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, afirmou, nesta quinta-feira (19), que a situação na Venezuela é muito grave e indicou a necessidade de a comunidade regional atuar para “evitar que se transforme em violência”.

“A situação na Venezuela não poderia ser mais grave. Estamos assistindo a uma situação realmente de crise. Acredito que os fatos falam por si só e exigem um pronunciamento claro e firme por parte da comunidade internacional”, disse Vivanco a jornalistas em Bogotá.

O representante da HRW compareceu ao lançamento do livro do líder da oposição venezuelana Leópoldo López, “Preso, mas livre”, com a presença da esposa do autor, Lilian Tintori.

Ao entrar no evento, Vivanco afirmou que os venezuelanos estão em uma situação de “total desamparado” e destacou que é essencial que os vizinhos do país atuem prontamente para apaziguar os abusos à população, evitando que se chegue a um iminente conflito civil anda maior do que os já sofrido pela grande maioria dos cidadãos do país.

O analista também ressaltou a reação internacional, elogiando o secretário-geral da Organização dos Estados Unidos (OEA), Luis Almagro, que disse, na última quarta-feira (18), que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, parecerá um “ditadorzinho” caso impeça o referendo para revogar seu mandato.

Sem citar expressamente as declarações, Vivanco afirmou que “felizmente a OEA conta, atualmente, com um secretário-geral que mostrou uma coragem enorme no exercício de sua liderança em nível regional”.

Sobre o papel dos países sul-americanos quanto à situação do governo de Caracas o diretor deu segmento à opinião de que eles devem participar ativamente do fórum da OEA. “É a OEA a instituição encarregada de fiscalizar a situação em matéria de direitos humanos, dos cortes nas liberdades públicas e na deterioração da democracia”, vincou.

Por fim, o representante também enalteceu ter “esperanças” de que o governo do Brasil, com o presidente interino Michel Temer, e o da Argentina, liderado por Mauricio Macri, também “possam impulsionar um debate honesto, rigoroso e franco sobre o que está ocorrendo na Venezuela, exigindo reformas do governo do país”, prospectando, em conclusão, “Mudanças que permitam, o mais breve possível, reduzir as tensões e melhorar o deplorável recorde, em matéria de direitos humanos, que esse governo venezuelano tem”.

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