Hungria pede que Comissão Europeia envie força conjunta às fronteiras gregas

  • Por Agencia EFE
  • 13/09/2015 17h40

Budapeste, 13 set (EFE).- O governo húngaro propôs neste domingo à Comissão Europeia que envie uma força conjunta à Grécia para defender as fronteiras desse país “e assim também as europeias”, segundo o ministro húngaro de Relações Exteriores, Péter Szijjártó.

Além disso, o ministro disse que seu país compreende e se solidariza com a decisão da Alemanha de restabelecer temporariamente os controles em sua fronteira com a Áustria perante a chegada em massa de refugiados de países do Oriente Médio e Ásia.

O ministro garantiu que esta é “uma decisão importante”, mas acrescentou que há outra mais por tomar “para que a Europa possa defender suas fronteiras”.

Neste sentido, disse que já que Grécia é incapaz de defender suas fronteiras, as primeiras da União Europeia pela qual passam os refugiados, seu governo propôs ao Executivo Comunitário o envio de uma força conjunta.

As fronteiras gregas só poderão se defender “se todos os países do continente participarem” da iniciativa de Budapeste, opinou o ministro, que garantiu que seu país está disposto a participar “de uma forma em massa” nessa operação.

Enquanto isso, o primeiro-ministro da Hungria, o conservador Viktor Orbán, qualificou a decisão da Alemanha de “necessária” para proteger os “valores europeus” perante a chegada de refugiados de países em conflito como a Síria, Iraque e Afeganistão.

“Temos uma grande compreensão pela decisão da Alemanha e expressamos nossa plena solidariedade com ela”, declarou Orbán no avanço de uma entrevista ao jornal alemão “Bild” que será publicada na íntegra amanhã.

“Entendemos que esta decisão é necessária para defender os valores da Alemanha e Europa”, acrescentou o político nacionalista, conhecido por sua política de mão dura frente aos refugiados aos que denomina “imigrantes econômicos”.

A imensa maioria dos mais de 180 mil refugiados que entraram na Hungria neste ano querem seguir em direção à Europa Ocidental, principalmente Alemanha.EFE

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