Hungria prepara construção de novas cercas para impedir entrada de refugiados

  • Por Agencia EFE
  • 22/09/2015 06h00

Budapeste, 22 set (EFE).- O governo da Hungria continua apostando na construção de mais cercas fronteiriças em sua tentativa de conter a onda de refugiados.

Um decreto, divulgado na noite de segunda-feira no diário oficial e assinado pelo primeiro-ministro, Viktor Orbán, pede que os ministros de Interior e Defesa preparem a construção de novas cercas, mas sem especificar os locais.

A imprensa especula que uma delas poderia ser na província de Zala, na fronteira com a Croácia, por onde milhares de refugiados estão entrando todos os dias desde a semana passada.

O decreto ordena a preparação e a construção do “fechamento temporário da fronteira” nas províncias onde foi declarado “estado de crise pela imigração em massa”, que são seis no total: Csongrád, Bács-Kiskun, Baranya, Vais, Somogy e Zala, todas elas nas fronteiras com Croácia e Sérvia.

Hungria construiu uma cerca com um metro e meio de altura e está terminando outra, de quatro metros, ao longo da fronteira com a Sérvia, e quer fazer o mesmo com a Croácia, sempre com o objetivo de evitar a entrada de refugiados no país.

Depois que a fronteira com a Sérvia foi fechada no dia 15 de setembro, os migrantes decidiram seguir rumo à Áustria por Croácia e Eslovênia. Nos últimos dias, cerca de 20 mil refugiados chegaram à Hungria, vindos da Croácia.

Quando chegam à Croácia, os migrantes são levados até a fronteira pelas autoridades croatas. Em seguida, já em território húngaro, são conduzidos pelas autoridades húngaras até a Áustria em trens e ônibus.

Segundo a polícia húngara, 5.530 refugiados que tentaram entrar no país de maneira ilegal foram interceptados ontem.

Além da construção de cercas, o parlamento húngaro aprovou ontem uma lei que entra em vigor nesta terça-feira e que autoriza a mobilização das Forças Armadas na defesa das fronteiras, em apoio aos órgãos policias.

Os soldados poderão fazer uso de material antidistúrbios, como balas de borracha e gás lacrimogêneo, mas só poderão recorrer às armas de fogo se suas vidas estiverem em perigo. EFE

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