IABr prevê queda de 2,5% na produção de aço no Brasil em 2014
São Paulo, 11 ago (EFE).- O Instituto Aço Brasil (IABr), entidade que representa a indústria siderúrgica nacional, revisou nesta segunda-feira as estimativas da produção nacional de aço bruto neste ano para 33,3 milhões de toneladas, um número 2,5% menor do que em 2013, por causa da alta carga tributária do país, do elevado custo da energia e fatores cambiais.
As vendas no mercado interno registrarão uma queda de 4,9% e ficarão em 21,7 milhões de toneladas, segundo as projeções do IABr.
As exportações chegarão a 8,4 milhões de toneladas de aço em 2014, um aumento de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações ficarão em 3,8 milhões de toneladas, um crescimento de 1,8%.
De acordo com o IABr, as exportações estão “abaixo da média histórica” e as importações em níveis “extremamente elevados” e contribuirão para que a utilização da capacidade instalada de produção de aço no Brasil “permaneça abaixo de 70%”.
O consumo nacional de aço este ano será de 25,3 milhões de toneladas, uma queda de 4,1% em comparação com 2013.
O presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou em entrevista coletiva que a indústria siderúrgica brasileira passa por um “momento delicado” e “bastante difícil”.
“Como não se prevê no curto prazo a revisão dos impostos ou um melhor equilíbrio cambial frente a outras moedas, o setor entende que são necessárias medidas urgentes de defesa comercial, entre as quais se inclui a efetiva implementação de médias de conteúdo local”, afirmou o Instituto Aço Brasil em comunicado.
Segundo a entidade, há um excedente de capacidade em nível mundial de 600 milhões de toneladas e, enquanto a oferta se mantiver em alta, “o aço brasileiro continuará tendo problemas tanto no mercado interno como no internacional”.
As possíveis soluções a serem adotadas pelo governo brasileiro para ajudar à indústria serão discutidas no 25º Congresso Brasileiro do Aço, que começa amanhã em São Paulo. EFE
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