IBGE reduz previsão de safra agrícola para 2014 em 0,5%

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2014 12h44
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Rio de Janeiro, 10 abr (EFE).- O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu em 0,5% a previsão de safra de cereais, leguminosas e oleaginosas para este ano, calculada em 189,4 milhões de toneladas, informou nesta quinta-feira o órgão estatal.

Os dados do Relatório Sistemático da Produção Agrícola de março estimam uma produção de 189,4 milhões de toneladas para este ano, cerca de 900 mil toneladas a menos que a previsão obtida em fevereiro.

Apesar da redução na projeção de março, em comparação com os cálculos de fevereiro, o IBGE espera que a safra agrícola presente tenha um crescimento de 0,7% em relação a de 2013, um aumento equivalente a 1,2 milhão de toneladas produzidas em 55,6 milhões de hectares.

A área cultivada, segundo os novos cálculos de março, será um 5,3% maior do que a de 2013.

O arroz, com um crescimento de 7,7%, e a soja, com 6,2%, representam os maiores avanços na safra deste ano, enquanto o milho terá uma redução de 8,5%, segundo o IBGE.

A safra agrícola de 2014, de acordo com a previsão oficial, espera um aumento em 16 dos 26 produtos tomados como referência.

Entre as regiões, somente o Nordeste registrará um aumento em sua produção, com 50,2%, enquanto o Norte estará estável e o restante em baixa.

Paralelamente, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou para 190,6 milhões de toneladas a previsão da safra de grãos 2013-2014, número que representa um aumento de 1,1% em comparação com o período anterior.

O 7º Relatório de Grãos da Colheita 2013-2014 destacou a “recuperação” da produção de soja, “com menos influência da intempérie climática ocorrida nas regiões produtoras”, e o papel do trigo, que, no relatório, apresentou um aumento de 21,5%, até 6,7 milhões de toneladas.

Em outro relatório, também publicado hoje, a Conab cita que a safra 2013-2014 de cana-de-açúcar processou 658,8 milhões de toneladas, 11,9% a mais que os números de 2012-2013, e das quais 360,9 milhões serão destinadas à indústria de etanol e 297,9 milhões à açucareira.

O ministro de Agricultura, Neri Geller, declarou à “Rádio Nacional” que as projeções positivas da Conab estavam relacionadas com a “organização do setor, das políticas do governo” e do Planejamento da colheita, que destinou R$ 136 bilhões para o setor.

Os recursos, segundo Geller, estão sendo destinados para fortalecer a “política de crédito e comercialização, a incorporação de tecnologias” e resolver “os problemas em novos programas de armazenagem”. EFE

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