Icao quer melhorar comunicação entre países e companhias aéreas
Toronto (Canadá), 29 jul (EFE).- A Organização da Aviação Civil Internacional (Icao) disse nesta terça-feira que trabalhará para evitar que se repitam tragédias como a do voo MH17 de Malaysia Airlines, que caiu no leste da Ucrânia, mas ressaltou que é responsabilidade dos Estados informar sobre os riscos à segurança da aviação comercial.
A Icao chegou a um acordo durante uma reunião de seus 191 membros realizada em sua sede, em Montreal (Canadá), que estabelecerá um grupo de trabalho para melhorar a comunicação entre os Estados e o setor da aviação civil.
A reunião também foi acompanhada por representantes da Associação Internacional do Transporte Aéreo, que representa as principais companhias aéreas do mundo, o Conselho Internacional de Aeroportos e a Organização de Serviço de Navegação da Aviação Civil.
A Icao convocou a reunião em função do acidente com o avião malaio, que caiu com 298 pessoas a bordo em 17 de julho, acidente que não deixou sobreviventes.
Investigadores europeus, americanos e asiáticos estão estudando as caixas-pretas do avião para estabelecer o que ocorreu com o voo MH17. O serviço de inteligência dos EUA garante que um míssil de origem soviética do tipo BUK SA-11 foi o responsável pela queda do avião.
Washington disse que o sistema móvel de mísseis antiaéreos provavelmente foi operado por separatistas pró-Rússia que combatem as autoridades de Kiev no leste da Ucrânia, e que provavelmente cometeram um erro ao pensar que a aeronave era militar.
Além disso, na semana passada, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos proibiu as companhias aéreas do país de voar para o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv (Israel), após a queda em seus arredores de projéteis lançados de Gaza.
Diante da crescente preocupação com a segurança do transporte aéreo, Icao disse que realizará outra “reunião de alto nível” sobre o tema em fevereiro do ano que vem.
Após a reunião, o secretário-geral da Icao, Raymond Benjamin, disse que o organismo internacional está “tentando melhorar a forma como os Estados divulgam informação, nos informam e transmitimos ao setor”.
Mas Benjamin também reiterou que os países têm a responsabilidade de transmitir a informação para as companhias aéreas e avaliar os riscos à segurança da aviação civil em seu espaço aéreo. EFE
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