Ilhas gregas recebem por dia 1.000 refugiados que cruzam o Mediterrâneo
Genebra, 10 jul (EFE).- Diariamente chegam mil refugiados às ilhas gregas através do Mediterrâneo e até o último dia 3, 77.100 pessoas tinham desembarcado nesses territórios, o que colocou a Grécia “diante de uma crise de refugiados sem precedentes”, informou nesta sexta-feira a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
“A situação econômica volátil, combinada com o crescente número de novas chegadas, cria uma forte pressão nas comunidades das pequenas ilhas”, assinalou o porta-voz William Splinder em entrevista coletiva em Genebra.
Cerca de 60% dos refugiados são sírios e os de outras nacionalidades são do Afeganistão, Iraque, Eritreia e Somália.
A situação é muito delicada em muitas ilhas com pouca infraestrutura, particularmente em Lesbos, “onde as autoridades já não podem conduzir a chegada em massa de gente”, embora “a maioria dos refugiados após se registrar na Polícia grega partem para Macedônia, Sérvia e Hungria”, em uma rota que esperam que lhes permita chegar a países mais prósperos da Europa, disse Splinder.
Nos dois primeiros países o número de solicitações de asilo se multiplicou por nove na primeira metade do ano e chegou aos 45 mil litigantes, embora se considere que estes são somente a metade dos que entram porque os outros continuem diretamente rumo a outros países.
“Esperamos que a União Europeia ative sua resposta de emergência porque a Grécia é parte dela e isto acontece na entrada da Europa”, comentou o porta-voz.
“A Grécia precisa de ajuda urgente e esperamos que a Europa dê os passos necessários”, acrescentou. EFE
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