Imigrantes rejeitam ser resgatados na Grécia e continuam travessia até Itália
Atenas, 29 jul (EFE).- A embarcação com 65 imigrantes a bordo que foi avistada ontem, segunda-feira, em águas internacionais próximas à ilha grega de Cefalonia rejeitou ser resgatada pela guarda-costeira da Grécia e continua a travessia rumo à Itália, seu destino inicial.
Um porta-voz da guarda litorânea grega assegurou hoje à Agência Efe que os tripulantes da embarcação – que a princípio se pensava que estava à deriva por estar perto do litoral sudoeste de Cefalonia – não foram detidos, já que estavam em águas internacionais e se recusaram a ser ajudados pela guarda-costeira, que pretendia rebocá-los até o porto mais próximo.
Os imigrantes, por outro lado, pediram às autoridades gregas combustível para retomar sua viagem para o litoral italiano.
Um barco comercial que estava na região lhes forneceu gasóleo e, assim, puderam voltar a navegar, seguidos por um barco da guarda-costeira e uma embarcação comercial para garantir sua segurança.
A guarda litorânea grega lançou ontem uma operação de resgate após avistar essa embarcação de madeira que parecia estar com vazamento de combustível em frente à Cefalonia com o objetivo de resgatar seus tripulantes.
Os guarda-costeiros publicaram hoje os dados sobre as operações feitas em junho.
No total houve 2.783 detidos por tentar entrar na Grécia de maneira irregular, outras 25 detenções por tráfico de pessoas, 96 resgates e 19 embarcações confiscadas.
A Grécia é, ao lado da Espanha e da Itália, uma das maiores portas de entrada da Europa para imigrantes e refugiados procedentes da África, do Oriente Médio e da Ásia Central.
Desde que em 2012 o país ergueu uma cerca de mais de 10 quilômetros de extensão na fronteira terrestre com a Turquia aumentaram consideravelmente as chegadas por mar, umas rotas mais longas e muito mais perigosas devido à fragilidade das embarcações e por estar à mercê das condições meteorológicas. EFE
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