Imigrantes são presos na Itália por morte de 12 pessoas jogadas ao mar
Roma, 16 abr (EFE).- A polícia da Itália prendeu nesta quinta-feira 15 imigrantes que teriam jogado 12 companheiros de embarcação em alto-mar por serem cristãos, como denunciaram sobreviventes da travessia, que partiu da costa Líbia.
As autoridades italianas informaram que os detidos são de nacionalidade marfinense, malinês e senegalesa e todos são acusados de homicídio múltiplo agravado por ódio religioso.
A acusação se baseia no testemunho de uma dezena de passageiros do mesmo barco que foram resgatados em alto-mar pela Marinha italiana e transferidos ao porto de Palermo na manhã de ontem.
“Os náufragos, muitos deles em lágrimas, explicaram que tinham sobrevivido não a um afundamento provocado pelas condições meteorológicas adversas ou pela precariedade da embarcação, mas pelo ódio humano”, disse a chefia da polícia de Palermo.
As testemunhas relataram que partiram dia 14 de abril da Líbia em direção à Itália a bordo de um navio com 105 passageiros, essencialmente senegaleses e marfinenses.
Durante a travessia, os tripulantes nigerianos e ganeses foram ameaçados de morte e abandonados ao alto-mar por umas quinze pessoas da Costa do Marfim, Senegal, Mali e Guiné-Bissau.
“O motivo das ameaças se centra presumivelmente na confissão, pelas vítimas, de um credo cristão, ao contrário do muçulmano professado pelos agressores”, acrescentou a polícia.
Uma dezena das vítimas jogadas ao mar sobreviveram e foram resgatados pela Marinha italiana.
As testemunhas garantiram ter visto 12 pessoas morrerem afogadas, todos de nacionalidades nigeriana e ganesa.
A polícia disse que a investigação continua. EFE
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