Imperador do Japão planeja abdicar do trono, afirma mídia local

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/07/2016 14h07
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EFE Imperador Akihito

O imperador Akihito, que reina no Japão desde 1989, sugeriu que pode abdicar do trono nos próximos anos, afirmaram hoje veículos de mídia locais.

Segundo o canal público de televisão NHK, Akihito expressou seus desejos a pessoas próximas, afirmando que não gostaria de continuar delegando suas funções a substitutos à medida em que envelhece. A informação foi negada pelo palácio imperial. 

O canal de TV afirmou também que o imperador pode fazer algum anúncio sobre o assunto em breve. A informação também foi veiculada pela agência de notícias Kyodo. Neste caso, uma revisão das leis que governam a família imperial também seria necessária.

“Não há verdade em nenhum desses relatos”, afirmou o vice-mordomo imperial, Shinichiro Yamamoto, ao jornal Asahi. “Não estamos estudando isso, porque (o imperador) não tem desejo nesse sentido, e essa seria uma condição mínima.”

Caso a sucessão aconteça de fato, o próximo imperador seria o filho de Akihito, o príncipe Naruhito, de 56 anos.

Em 2012, o imperador japonês passou por uma cirurgia para implantar um marca-passo. Ele também já foi tratado de câncer de próstata. Em suas últimas aparições públicas, ele aparentou estar com boa saúde.

Desde que o sistema imperial foi implantado no Japão, em 1868, nenhum mandatário abdicou do trono. O atual imperador subiu ao posto após a morte de seu pai, Hiroito, em 1989.

Na Constituição japonesa, o imperador é o símbolo do Estado e não tem poder político. Akihito e sua mulher, a imperatriz Michiko, aparecem frequentemente em eventos de caridade, concertos e exibições de arte. Eles também viajam com frequência a áreas atingidas por desastres naturais. Em maio, eles visitaram a prefeitura de Kumamoto, onde um terromoto havia matado 50 pessoas no mês anterior. 

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