Imprensa americana diz que Coreia do Norte estaria por trás de ataque a Sony
Los Angeles (EUA), 17 dez (EFE).- Autoridades federais dos Estados Unidos conseguiram estabelecer um vínculo entre o ataque cibernético aos sistemas da Sony Pictures Entertainment e o governo da Coreia do Norte, conforme foi divulgado nesta quarta-feira pelas emissoras de televisão “NBC” e “CNN”, mas ainda sem confirmação oficial.
As fontes citadas por esses meios informaram que o ato de pirataria cibernética se originou fora desse país asiático, mas foi ordenado pelo regime de Kim Jong-un, o mesmo que até agora tinha negado seu envolvimento.
Espera-se que os resultados da investigação sobre o ataque, no qual foram roubados dados pessoais de todos os funcionários dos estúdios Sony, assim como o conteúdo de e-mails e até cinco filmes, sejam divulgados nos próximos dias.
Se as autoridades concluírem que há o envolvimento da Coreia do Norte no ataque, isso confirmaria as hipóteses de que o mesmo seria uma resposta ao filme “A Entrevista”, que foi classificado pelo governo norte-coreano como um “ato de guerra”.
O longa-metragem é uma comédia de Seth Rogen e James Franco sobre um complô americano para matar o ditador norte-coreano Kim Jong-un.
Na terça-feira, um grupo chamado Guardians of Peace, responsável pelo ataque no dia 24 de novembro, emitiu um comunicado no qual advertiu que semeará o terror nos cinemas que exibirem o filme e comparou seu plano com os atentados de 11 de setembro de 2001.
Essa ameaça acabou conseguindo seu objetivo, já que a Sony anunciou hoje o cancelamento da estreia de “A Entrevista”, prevista para o dia 25 de dezembro nos EUA, logo depois que as principais salas de cinema do país decidiram retirar o longa-metragem de sua programação natalina para prevenir problemas.
As autoridades americanas não encontraram evidências de que exista um plano de atentados contra a exibição de “A Entrevista”, cuja pré-estreia transcorreu sem incidentes em Los Angeles no último dia 11.
“A Sony Pictures foi vítima de um ataque criminoso, sem precedentes, contra nossos funcionários, nossos consumidores e nosso negócio. Quem nos atacou quer destruir nosso espírito e nossa moral, tudo isso para, aparentemente, frustrar o estreia de um filme que não os agradou”, afirmou a empresa em comunicado. EFE
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