Índia e Paquistão se acusam da morte de 9 civis na fronteira
Nova Délhi/Islamabad, 28 ago (EFE).- A Índia e Paquistão se acusaram mutuamente nesta sexta-feira de matar nove civis e ferir dezenas deles na Linha de Controle (LOC), a fronteira de fato que separa ambos países, informaram fontes oficiais.
O serviço de comunicação do exército paquistanês indicou em comunicado que seis pessoas morreram e outras 46 ficaram gravemente feridas por disparos das forças de segurança indianas em vários pontos do distrito de Sialkot, na província oriental de Punjab.
As tropas do Paquistão responderam aos disparos e fogo de artilharia “não provocados” efetuados do outro lado da LOC, de acordo com a nota, na qual se detalha que 22 dos feridos são mulheres.
No distrito de Jammu da Caxemira indiana morreram três civis e pelo menos nove ficaram feridos pelo fogo das forças dos rangers paquistaneses nesta madrugada, afirmou por sua parte uma fonte policial à agência indiana “Ians”.
A fonte assegurou que foram utilizadas armas automáticas e metralhadoras e foram afetadas várias áreas nas quais residem civis.
As violações do cessar-fogo estipulado em 2003 se intensificaram desde que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e seu colega paquistanês, Nawaz Sharif, concordaram em uma cúpula na Rússia que seus assessores de Segurança se reuniriam em Nova Délhi para tratar “todos os assuntos relacionados com terrorismo”.
A reunião, prevista para o fim de semana passado, foi cancelada na última hora, entre outras razões, por divergências sobre a inclusão na agenda do diálogo a problemática da Caxemira, disputada entre ambos e pela qual travaram duas guerras e conflitos menores desde sua independência em 1947.
Este incidente coincide com o início das celebrações na Índia pelo 50º aniversário de uma dessas guerras, que começaram esta manhã em Nova Délhi com uma homenagem aos mártires do conflito conduzida pelo presidente do país, Pranab Mujerjee.
Os chefes das forças de segurança de fronteiras indianas e dos rangers paquistaneses se reunirão em uma data não determinada daqui a duas semanas para tratar o assunto das violações na fronteira. EFE
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