Índia quer mais institucionalidade, comércio e cooperação entre os Brics

  • Por Agencia EFE
  • 16/10/2016 11h10
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EFE Narendra Modi e a cúpula dos Brics

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pediu neste domingo (16) que o processo de construção institucional do grupo dos Brics continue se aprofundando, com mais comércio entre seus países-membros e maior cooperação internacional para aumentar sua influência nas decisões globais.

“Em 2015, o mercado intra-Brics somou um total de US$ 250 bilhões. Deveríamos estipular uma meta para dobrar este número para US$ 500 bilhões até 2020”, disse Modi durante seu discurso na sessão da 8ª Cúpula dos Brics, um grupo que, além de seu país, é integrado por China, Rússia, Brasil e África do Sul.

Modi opinou que é necessário que as empresas e a indústria dos cinco países aumentem suas relações para que esse aumento comercial aconteça.

O primeiro-ministro anfitrião afirmou que “o processo de construção de instituições deve continuar sendo uma área de atenção”.

“As instituições que construirmos devem apoiar o desenvolvimento em nossos países e regiões”, acrescentou o premiê indiano.

Nesse sentido, Modi pediu que a agência de qualificação de crédito dos Brics se transforme em uma realidade e que se acelere a implementação de organizações como o Centro para a Pesquisa Agrícola dos Brics, a Rede de Pesquisa Ferroviária dos Brics e o Conselho de Esportes dos Brics.

Modi também pediu o estabelecimento de normas e estruturas para lutar contra a evasão fiscal, a lavagem de dinheiro e a corrupção.

Além disso, o premiê indiano considerou que os Brics devem pressionar para fazer com que as “instituições para a governança mundial reflitam a realidade atual”, e para aumentar a “cooperação e convergência” no G20, na Organização Mundial do Comércio e em outros fóruns.

O governante também fez questão de enfatizar um dos pontos nos quais a delegação indiana mais insistiu: o terrorismo, ao comentar que este flagelo lança “uma longa sombra sobre nosso desenvolvimento e prosperidade econômica”.

“Necessitamos agir tanto no campo individual como coletivamente. Visões seletivas para terroristas individuais e organizações não serão apenas fúteis, mas contraproducentes”, disse Modi.

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