Indianos protestam contra estupro de freira de 71 anos

  • Por Agencia EFE
  • 16/03/2015 16h54

Nova Délhi, 16 mar (EFE).- Aproximadamente, 5 mil pessoas participaram nesta segunda-feira de uma manifestação no leste da Índia para protestar contra o estupro de uma freira de 71 anos, cometido há dois dias por ladrão durante um roubo a um colégio religioso, informou à Agência Efe uma fonte da organização.

De acordo com um padre da arquidiocese da cidade, os manifestantes se concentraram durante duas horas em Calcutá, a capital do estado de Bengala, onde acenderam velas e recolheram assinaturas para mostrar solidariedade e promover a consciência contra esse tipo de ato. Eles também pediram a prisão dos culpados, depois que a polícia interrogou oito suspeitos, mas não confirmou o envolvimento de ninguém no roubo.

“Entendemos que o motivo principal era um delito contra a propriedade”, garantiu a polícia, apesar de não descartar motivos religiosos “já que o assalto foi realizado em um colégio cristão”.

Na madrugada de sexta para sábado, bandidos entraram em um colégio cristão na cidade de Ranaghat, onde roubaram diversos artigos. Antes de deixar o local, um dos homens perguntou qual das freiras era a mais idosa de todas, e então estuprou a religiosa que estava hospitalizada. Policiais ouvidos pela Agência Efe, no entanto, não confirmaram essa versão. Apesar do ocorrido, a freira está estável.

Mais cedo, a governadora do estado, Mamata Banerjee, esteve em Ranghat. Em protesto pela falta de medidas, um grupo de moradores parou o veículo da dirigente quando ela terminava a visita que fez à freira no hospital.

Somente hoje, a polícia interrogou 14 pessoas no estado de Haryana, no norte do país, suspeitas de ter atacado e roubado ontem uma igreja local, enquanto a capital indiana sofreu nos últimos meses diversos incidentes que motivaram manifestações violentas por parte de grupos cristãos.

Atualmente, 24 milhões de cristãos vivem na Índia, 1,2% dos 1,252 bilhão de habitantes. A maioria deles está nos estados do nordeste e do sul, além da capital, Nova Délhi. EFE

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