Indicador da FGV de desemprego avança 3,5% em setembro; piora deve perdurar

  • Por Agência Estado
  • 06/10/2015 09h31
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Ao longo de 2014 Ernesto Rodrigues/Folhapress emprego desacelera

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 3,5% em setembro ante agosto, para 92,6 pontos, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 6, o a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do maior nível desde novembro de 2007 (93,9 pontos). A alta significa que a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho piorou e sugere aumento da taxa de desemprego no período.

“O ICD, confirma que o desemprego deve continuar sua escalada em setembro, com a piora da percepção do mercado de trabalho em todas as faixas de renda, com destaque para aqueles situados nas faixas de renda mais baixa e mais elevada”, destacou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota oficial.

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País atingiu 7,6% em agosto, a maior para o período desde 2009, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A piora nas avaliações sobre o mercado de trabalho em setembro contra agosto ocorreu principalmente entre as famílias de baixa renda e as que estão no topo. Segundo a FGV, o indicador que mede a percepção de dificuldade de se obter emprego subiu 3,2% para a faixa dos consumidores com renda familiar mensal até R$ 2,1 mil e avançou 5,0% entre as famílias com ganhos superiores a R$ 9,6 mil.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

Piora do emprego deve perdurar nos próximos meses, aponta FGV

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 3,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o índice atingiu 62,0 pontos, o menor nível da série, iniciada em junho de 2008. Segundo a instituição, o resultado sinaliza que a tendência negativa para o nível de emprego nos próximos meses continua.

“O IAEmp de setembro piorou em todas as dimensões captadas pelas sondagens, tanto da indústria e dos serviços como do lado do consumidor, indicando que a deterioração da economia é generalizada e, portanto, a piora do emprego deve perdurar nos próximos meses”, avaliou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota oficial.

As maiores contribuições para a queda do IAEmp vieram do indicador que retrata a situação dos negócios para os próximos seis meses no setor de serviços (-5,6%) e a situação corrente das empresas do setor industrial (-4,1%). 

O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

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