Indicador de Desemprego (ICD) recua 0,10 ponto em maio, diz FGV

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/06/2017 09h07
Vinte e um alunos da Escola de Educação Especial Primavera, no Tarumã, receberam na manhã desta terça-feira (02) a carteira de trabalho. Foto: Valdecir Galor/SMCS Valdecir Galor/SMCS Desemprego

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,2 ponto, em maio ante abril, para 99,3 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira (6). Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou queda de 1,2 ponto em relação ao mês anterior, atingindo 97,3 pontos, mantendo o movimento descendente do indicador em médias móveis trimestrais, conforme a FGV.

No caso do IAEmp, foi o segundo mês seguido de “relativa estabilidade”, após três meses consecutivos de alta, quando acumulou avanço de 10,5 pontos, destacou a FGV. Por causa do avanço recente, a entidade descarta, por enquanto, uma reversão de tendência no indicador, que vinha apontando “melhora gradual das condições, ainda precárias, do mercado de trabalho”. 

“O recuo do IAEmp pode refletir alguma perda de confiança quanto à recuperação da economia brasileira ao longo dos próximos meses devido ao aumento da incerteza (principalmente política)”, diz a nota divulgada há pouco pela FGV.

A entidade informou que os componentes que mais contribuíram para a queda do IAEmp foram os indicadores que medem o grau de “satisfação com a situação dos negócios no momento atual” e o “otimismo para os próximos seis meses”, que recuaram 4,3 e 3,6 pontos, respectivamente.

Já a queda no ICD, ainda que pequena, mantém a perspectiva de redução na taxa de desemprego nos próximos meses. De acordo com a FGV, a classe de renda que mais contribuiu para a queda do indicador foi o grupo dos consumidores que auferem ganho mensal familiar entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, cujo “Indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido)” recuou 2,5 pontos.

“Os dados do ICD e do IAEmp estão alinhados com os atuais eventos da economia brasileira. O pequeno recuo do ICD cristaliza as quedas sucessivas dos meses anteriores, mostrando a melhora das perspectivas de redução da taxa de desemprego. No entanto, o aumento da incerteza pode reverter este quadro”, diz a nota da FGV.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

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