Indústria da cana-de-açúcar reclama de política de preços “equivocada” dos combustíveis
Indústria da cana-de-açúcar reclama de políticas públicas pouco animadoras para o setor de energia renovável. Um evento promovido pela Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), principal entidade da área, em São Paulo discutiu os principais desafios na cadeia do etanol.
Os produtores reconhecem que a retomada da Cide e o aumento da mistura de álcool na gasolina são sinalizações importantes do governo.
A diretora presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, a Unica, Elizabeth Farina, considerou, no entanto, que a crise tem origem numa política de preços equivocada.
“São cinco anos de crise que o setor enfrentou por conta de, dentre outras razões, mas uma muito forte, foi uma política equivocada de preços dos combustíveis que deixou o setor numa situação muito difícil. Aprofundou problemas de endividamento, uma vez que, em sua atividade corrente, o setor passou a não ter resultados positivos”, explicou.
O representante do Ministério da Ciência e Tecnologia ressaltou os avanços que possibilitam utilizar a terra para o cultivo de maneira mais eficiente.
O secretário de Tecnologia e Inovação, Armando Milioni, afirmou entender as críticas ao panorama do setor, mas encarou as dificuldades como “momentâneas.”
“Tudo aquilo que estava subindo bonito, agora deu uma queda. E as pessoas ficam nervosas, irritadas. Me agrada crer que, no longo prazo, só cabe a gente ser otimista com relação ao país”, disse.
A tendência para a safra 2015/2016 é que seja produzido mais etanol e menos açúcar. A safra projetada para esta temporada é de 590 toneladas de cana, com o excedente sendo destinado à produção de combustível.
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