Industriais brasileiros defendem flexibilização comercial do Mercosul

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2015 14h46

Brasília, 16 jul (EFE).- A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu nesta quinta-feira a flexibilização das regras do Mercosul para que seus sócios possam negociar acordos comerciais com outros países e blocos.

Os industriais brasileiros criticaram o Mercosul, formado por Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela, de ser ineficaz na hora de obter resultados, tanto no acesso a novos mercados como no aprofundamento do comércio entre blocos.

“Na prática, o Mercosul não se consolidou como área de livre-comércio e, nas últimas cúpulas, as decisões do bloco têm passado ao largo de temas importantes da agenda comercial e que são urgentes para a indústria”, comentou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, citado em comunicado.

A CNI se referiu às negociações que o bloco mantém há mais de uma década com a União Europeia (UE), mas que permanecem estagnadas por diferenças nas áreas industrial e agrícola, embora também pela reticência da Argentina de estabelecer um acordo que imporia maior abertura comercial.

Neste sentido, a CNI propôs que cada sócio apresente um “acordo” em prazos variáveis -dependendo das possibilidades de cada país – e pediu ao bloco que assine um compromisso de troca de ofertas com a União Europeia antes do final de ano.

A cúpula semestral do Mercosul começou hoje em Brasília com uma reunião do Conselho Mercado Comum (CMC) do bloco, preparatória para a cúpula que amanhã reunirá em Brasília os presidentes de Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Durante esta cúpula o Brasil passará ao Paraguai a presidência rotativa do bloco, que será assumida pelo país pela primeira vez desde que foi suspenso em 2012 por causa da cassação do então presidente Fernando Lugo, vista pelo bloco como uma ruptura da ordem democrático. EFE

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