Infantaria da Marinha realiza pesquisa sobre os penteados das militares
Washington, 11 ago (EFE).- A Infantaria da Marinha dos Estados Unidos iniciou nesta segunda-feira uma pesquisa para determinar em que medida a proibição de dois tipos de penteado para as mulheres militares representa uma medida racista que afeta as negras.
As Forças Armadas dos Estados Unidos – Exército, Marinha, Aeronáutica, Infantaria da Marinha e Guarda-Costeira- têm regras rígidas sobre uniformes, tatuagens e cortes de cabelo.
Recentemente, o Exército proibiu dois penteados em particular: o “rastafári”, com longas tranças grossas, e o “twist”, que consiste em pequenas tranças por todo o cabelo que, em alguns casos, incluem apliques coloridos.
As razões dos comandantes se referem, assim como a exigência de cabelo muito curto para os homens, à higiene e à segurança em operações, quando os soldados devem usar capacete.
Algumas soldados e legisladores afro-americanos do chamado “Cáucus Negro” do Congresso protestaram por considerarem que essas regras afetam a aparência de um grupo específico de soldados: as mulheres negras.
A porta-voz do Exército, a tenente-coronel Alayne Conway, disse que as soldados negras tinham participado da elaboração das regulamentações e que a proibição foi promovida por uma negra.
A Infantaria da Marinha, por sua vez, declarou hoje em um comunicado que seu “grupo de trabalho” chegou à conclusão que suas regras sobre penteados não são discriminatórias, mas, mesmo assim, o comando superior quer ouvir as opiniões das militares.
Na pesquisa, que está aberta na internet até a próxima sexta-feira somente para militares, o comando superior da Infantaria da Marinha quer saber se deve continuar proibindo o “rastafári” e se deve continuar autorizando as trancinhas do “twist” para cabelos de tamanho médio e longo. EFE
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