Inflação da China atinge seu nível mais baixo em 4 anos, com alta de 1,6%

  • Por Agencia EFE
  • 15/10/2014 02h34
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Pequim, 15 out (EFE).- O índice de preços ao consumidor (IPC) da China cresceu em setembro em um ritmo mais baixo em mais de quatro anos, ao registrar uma alta anualizada de 1,6%, informou nesta quarta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas.

Trata-se do aumento mais baixo registrado desde janeiro de 2010, e acontece depois que em agosto a inflação já tivesse se moderado até 2% anualizado.

O Escritório Nacional de Estatísticas divulgou hoje também o Índice de Preços ao Produtor (PPI), que voltou a registrar quedas no mês passado, desta vez de 1,8% anualizado.

O indicador contabiliza mais de 31 meses consecutivos de retração, devido à queda dos preços de matérias-primas e da demanda, assim como ao excesso de capacidade da indústria.

O dado da inflação evidencia, segundo os analistas, o desaquecimento da segunda economia mundial. Apesar disso, o índice – muito abaixo do limite de 3,5% fixado para este ano – dá ao governo uma maior margem para aplicar medidas de estímulo caso considere necessário.

O IPC de setembro foi divulgado depois de a China revelar que dobrou seu superávit comercial no mesmo mês em relação a 2013, principalmente por causa das exportações.

As vendas ao exterior registraram o maior crescimento em 19 meses, com alta anualizada de 13,5%. As importações também subiram 7%, maior índice desde dezembro de 2013.

O resultado acalmou as preocupações sobre a desaceleração da economia chinesa. Pequim divulgará o PIB do terceiro trimestre na próxima terça-feira.

No entanto, alguns analistas destacaram a possibilidade de os dados oficiais do comércio estarem “inchados” em regiões como Hong Kong, fato já ocorrido em outras ocasiões.

Cerca de 20 especialistas apontaram em uma pesquisa recente que o crescimento econômico da China no terceiro trimestre será o “mais frouxo” em mais de cinco anos, prevendo um índice de 7,3%, abaixo dos 7,5% fixados como objetivo pelo governo. EFE

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