Inflação penalizou mais famílias pobres em 2015, diz Dieese
A inflação na capital paulista penalizou mais as famílias com menor poder aquisitivo em 2015, aponta cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Índice do Custo de Vida (ICV) registrou variação de 11,46% no ano, 4,73 pontos porcentuais acima do apurado em 2014. Além do agregado, o indicador calcula o custo de vida do consumidor paulistano por estrato de renda.
Por este parâmetro, a inflação para as famílias do estrato 1, com renda média mensal de R$ 377,49, acumulou alta de 12,83% em 2015. As famílias do estrato 2, com renda média de R$ 934,17, tiveram aumento de 12,07% no custo de vida no período. A inflação para os mais ricos – famílias do estrato 3, que têm renda média mensal de R$ 2.792,90, atingiu 10,43%.
Grupos
Duas classes de despesas se destacaram com altas fortes no ano passado. O grupo Habitação avançou 15,70%, com salto de 71,11% na eletricidade e alta de 24,45% no gás de botijão. Já o grupo Transporte teve variação de 15,13%, com destaque para a subida os preços do álcool (34,23%) e da gasolina (18,65%).
Os grupos Alimentação e Despesas pessoais, por sua vez, tiveram também variação acima de dois dígitos, com avanço respectivo de 10,55% e 10,15%. O grupo Saúde teve variação positiva de 9,13%. As Despesas Diversas saltaram 8,36%. Os gastos com Educação e Leitura subiram 8,29%, com Recreação avançaram 7,21% e com Equipamento Doméstico marcaram +2,46%.
A menor taxa acumulada em 2015 foi verificada no grupo Vestuário (0,14%), sendo que os calçados subiram 1,66% e as roupas cederam 1,08%.
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