Inflação reduz expectativa de crescimento dos supermercados

Inflação alimentos - senhora avalia produto geladeira de supermercado

Inflação reduz previsão de alta no faturamento dos supermercados em todo o país e consumidor muda rotina na hora das compras. A expectativa de crescimento caiu de 2% para 1% em 2015, segundo a Associação Brasileira dos Supermercados. No Estado de São Paulo, a perspectiva é de estabilidade no período, principalmente devido a um primeiro semestre muito difícil.

O presidente da Associação Paulista dos Supermercados, Pedro Celso Gonçalves, diz que o cenário deve prejudicar a abertura de novas lojas. “A confiança dos empresários com todas essas medidas tomadas pelo governo federal fica com um pé atrás, então aguarda certo tempo para assim retomar o investimento”, analisa. Ele também destaca que a crise atinge em níveis diferentes tanto pequenos comerciantes quanto gigantes do varejo.

O economista da Apas, Rodrigo Mariano, ressalta ao repórter Anderson Costa que o consumidor está mudando a forma de fazer compras quando vai ao supermercado. “A gente tem identificado que o consumidor tem ido menos ao mercado, voltando aquele quadro de inflação elevada. Outro comportamento é trocar marcas de produtos”, aponta.

Fernando Yamada, presidente da Abras, afirma que as medidas anunciadas pelo governo são insuficientes para fazer o país voltar a crescer. “Nós não acreditamos que só o governo com mudança na legislação vai ser o suficiente para a economia voltar”, critica.

O número de estabelecimentos deste segmento cresceu 12% no ano passado.