Instabilidade econômica muda hábitos dos consumidores

  • Por Jovem Pan
  • 30/04/2015 12h17
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Inflação e aumento do risco de desemprego começam a afetar as finanças domésticas e o brasileiro está diminuindo os gastos para não se endividar. Os primeiros a serem cortados são a alimentação e os supérfluos.

No início de 2015, o chopp ficou 10% mais caro, enquanto valor do quilo da comida nos restaurantes de São Paulo sai por quase R$4 a mais que no ano passado. Diferença cujos efeitos os donos dos estabelecimentos já começaram a sentir: por causa dos preços elevados, as mesas estão cada vez mais vazias.

Quando a inflação bateu à porta da publicitária Denise Carvalho, a rotina da família, que tem dois filhos, precisou mudar drasticamente. “Desde o lanche do colégio que a gente cortou, antes dava R$10 por dia para eles comerem, agora já faz o lanche em casa” e cita que atividades como cinema e visitas a fastfoods também foram deixadas de lado.

De acordo com o site de finanças pessoais GuiaBolso, os gastos com o lazer foram os primeiros a sofrer corte. Em janeiro, comprometiam 17% do salário e agora não passam de 11%.

Na casa do professor aposentado Rogério Gerevini, apesar das mudanças, as contas continuam no limite.  “O que nós estamos sofrendo hoje é a alta geral dos preços, não é em um setor só. Os remédios subiram, o combustível subiu, o gás subiu, a alimentação em geral”, exemplifica.

Para o consultor financeiro Rogério Carmo, já está na hora de se preparar para o ano difícil que vem pela frente. “Ninguém gosta de fazer regime, então a solução é realocar. Procurar saber o que está mais alto e substituir por coisa mais baratas”, aconselha. Além disso, Carmo indica que as famílias priorizem serviços contratados e com datas fixas para pagar e reavaliem as despesas fixas como internet e TV por assinatura.

Ouça reportagem completa do repórter Jovem Pan Gustavo Aguiar no áudio acima.

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