Integrantes do gabinete do Peru põem cargo à disposição de Humala

  • Por Agencia EFE
  • 15/03/2014 11h43

Lima, 15 mar (EFE).- Os integrantes do Conselho de Ministros do Peru colocaram neste sábado seus cargos à disposição do presidente Ollanta Humala, que durante a madrugada pediu ao Congresso que expresse com clareza se concede ou não o voto de confiança ao gabinete.

Em duas votações, o parlamento majoritariamente se absteve de dar a confiança pedida pelo chefe do gabinete, René Cornejo, após apresentar seu plano de trabalho ao plenário.

“Consideramos que esse mandato não foi claramente expressado pelo Legislativo”, declarou Humala, que acrescentou que o gabinete foi ao parlamento de boa fé, mas que essa atitude não foi recíproca por parte da oposição.

“Esta é uma notícia internacional da qual nós, peruanos, não podemos nos sentir orgulhosos porque gera instabilidade no país, na política econômica, nos investimentos e em tudo de bom que fazemos. Por isso reitero que solicitamos ao presidente do Congresso que o mais em breve possível expresse de maneira clara o voto de confiança ou não ao gabinete”, disse Humala, acompanhado pelos ministros.

O presidente se reuniu com seu gabinete durante a madrugada analisando o resultado da votação no Congresso, que segundo algumas interpretações do regulamento lhe dava a aprovação ao gabinete do ponto de vista jurídico.

Durante a sessão do parlamento, os legisladores da oposição, liderados pela fujimorista Força Popular e o partido Aprista, criticaram o gabinete pela suposta influência da esposa do presidente Ollanta Humala, Nadine Heredia, no governo, entre outros temas.

De acordo com o artigo 130 da Constituição Política do Estado, “dentro dos 30 dias de ter assumido suas funções, o Presidente do Conselho de Ministros concorre ao Congresso, em companhia dos demais ministros, para expor e debater a política geral do governo e as principais medidas que requer sua gestão”.

Cornejo pediu ontem o voto de confiança ao programa de sua gestão, que começou em fevereiro após a renúncia de César Villanueva pela polêmica surgida por causa de suas declarações sobre uma possível alta do salário mínimo. EFE

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